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Mundo

Turquia investiga Arábia Saudita por morte de jornalista

Jamal Khashoggi teria sido assassinado em consulado em Istambul

8 out 2018 - 11h29
(atualizado às 13h05)
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A polícia da Turquia suspeita que a Arábia Saudita tenha assassinado o jornalista Jamal Khashoggi, dissidente do atual regime do país árabe. Segundo Ancara, o crime teria ocorrido na última terça-feira (2), enquanto o repórter visitava o consulado saudita em Istambul.

De acordo com as investigações, Khashoggi foi ao consulado no dia 2 de outubro para retirar um documento que certificaria seu divórcio, o que permitiria que ele se casasse novamente. No entanto, após isso, o jornalista não voltou mais para casa, e seu desaparecimento foi relatado por sua noiva, Hatice Cengiz.

Crítico do príncipe herdeiro Mohammad bin Salman, líder "de facto" da Arábia Saudita, Khashoggi publicou artigos que enfureceram a monarquia em Riad e o forçaram a viver na Turquia.

O estopim para que o jornalista fosse para o exílio foram as ameaças para ele não movimentar mais sua conta no Twitter, que possui mais de 1,6 milhão de seguidores.

O editor da página de editoriais do jornal norte-americano "The Washington Post", Fred Hiatt, afirmou que a morte do jornalista saudita, se confirmada, representaria "um ato monstruoso". Além disso, descreveu Khashoggi como um "jornalista corajoso e comprometido".

Em uma de suas colunas, o repórter denunciou que o príncipe herdeiro "prometera um abraço à reforma social", mas a realidade é que desencadeou uma "onda de prisões".

"Estou acompanhando o assunto, e seja qual for o resultado, o comunicaremos ao mundo", disse o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

Uma fonte do consulado saudita, por sua vez, chamou a suspeita de infundada.

Ansa - Brasil   
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