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Turquia diz que vai assumir luta contra Estado Islâmico após retirada dos EUA

21 dez 2018 - 16h13
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A Turquia assumirá a luta contra os militantes do Estado Islâmico na Síria enquanto os Estados Unidos retiram suas tropas, informou o presidente turco, Tayyip Erdogan, nesta sexta-feira, quando saudou "cautelosamente" a decisão norte-americana de retirar tropas da área. 

Turkish President Tayyip Erdogan speaks during a joint news conference with his Iranian counterpart Hassan Rouhani (not seen) after their meeting in Ankara, Turkey, December 20, 2018. REUTERS/Umit Bektas - RC1B8B154360
Turkish President Tayyip Erdogan speaks during a joint news conference with his Iranian counterpart Hassan Rouhani (not seen) after their meeting in Ankara, Turkey, December 20, 2018. REUTERS/Umit Bektas - RC1B8B154360
Foto: Reuters

Ao anunciar nesta semana que retirará seus cerca de dois mil soldados, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, derrubou um pilar central da política dos EUA para o Oriente Médio. Críticos dizem que a medida tornará mais difícil encontrar uma solução diplomática para a guerra civil síria de sete anos.

Para a Turquia, a decisão elimina uma fonte de atrito com Washington. Erdogan vem repreendendo há tempos seu aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) devido ao seu apoio aos combatentes curdos sírios do YPG contra o Estado Islâmico. Ancara considera o YPG um grupo terrorista derivado da sigla armada Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que luta pela autonomia curda na fronteira em solo turco.

Em um discurso em Istambul, Erdogan disse que a Turquia se mobilizaria para combater as forças remanescentes do Estado Islâmico na Síria e adiaria temporariamente os planos para atacar combatentes curdos no nordeste da Síria.

Na semana passada Erdogan anunciou planos para iniciar uma operação ao leste do rio Eufrates, no norte da Síria, para expulsar o YPG da área que controla em grande parte. Nesta semana ele disse que a campanha pode começar a qualquer momento, mas nesta sexta-feira citou a medida dos EUA e uma conversa com Trump como razões para esperar.

"Na semana passada decidimos lançar uma incursão militar... ao leste do rio Eufrates", disse ele em um discurso em Istambul. "Nossa conversa telefônica com o presidente Trump, além de contatos entre nossos diplomatas e autoridades de segurança e declarações dos Estados Unidos, nos levaram a esperar um pouco mais".

"Adiamos nossa operação militar contra o leste do rio Eufrates até vermos no local o resultado da decisão americana de se retirar da Síria".

O líder turco observou, porém, que não se trata de um "período de espera ilimitado".

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