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Turquia diz não querer conflito com EUA e Rússia, mas buscará objetivos na Síria

23 jan 2018 - 15h35
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A Turquia busca evitar qualquer conflito com Estados Unidos, Rússia ou forças da Síria, mas irá tomar medidas necessárias para sua segurança, disse um ministro turco neste terça-feira, quarto dia da ofensiva terrestre e aérea contra forças curdas no nordeste da Síria.

Os Estados Unidos e a Rússia têm forças militares na Síria e ambos pediram à Turquia que restringisse sua campanha, que visa enfrentar o grupo curdo apoiado pelos EUA "YPG" na fronteira sudeste da Turquia, na região de Afrin.

A operação abriu mais uma frente de batalha na multilateral guerra civil da Síria e pode ameaçar os planos norte-americanos de estabilizar e reconstruir uma grande área no nordeste sírio, além do controle do presidente Bashar al-Assad, onde os EUA ajudaram forças dominadas pelo "YPG" a expulsar combatentes do Estado Islâmico.

Ancara disse que a ofensiva será rápida, mas o porta-voz do presidente Tayyip Erdogan destacou nesta terça-feira que o fim da campanha ainda está em aberto. Segundo ele, a operação só acabará quando os cerca de 3,5 milhões de refugiados sírios que moram na Turquia possam voltar para casa em segurança.

Os militares turcos, segundo maior da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), conduziram ataques aéreos e bombardeios de artilharia contra alvos em "Afrin", enquanto seus soldados e rebeldes sírios aliados tentavam avançar em distritos controlados pelos curdos nos flancos oeste, norte e leste.

Com nuvens pesadas dificultando o suporte aéreo nas últimas 24 horas, os avanços têm sido limitados e soldados curdos reconquistaram alguns territórios.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, órgão britânico que monitora a guerra, afirmou que 23 civis foram mortos em bombardeios e ataques aéreos da Turquia, e que milhares estavam fugindo da área de batalha.

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