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Turquia condena Itália por conceder cidadania a líder do PKK

Embaixador italiano em Ancara foi convocado pelo governo turco

8 out 2019 - 18h06
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O ministério das Relações Exteriores da Turquia convocou nesta terça-feira (8) o embaixador da Itália em Ancara, Massimo Gaiani, para expressar a "forte condenação" do país pela atribuição da cidadania honorária de Berceto, uma cidade da província de Parma, ao Abdullah Ocalan, líder do Partido do Trabalhadores do Curdistão (PKK) detido há 20 anos.

    Em comunicado, o governo de Recep Tayyip Erdogan definiu como "inaceitável qualquer iniciativa para legitimar o chefe do PKK, que massacrou brutalmente 40 mil pessoas inocentes e está incluído na lista de organizações terroristas da União Europeia (UE)".

    No sábado (5), o prefeito de Berceto, Luigi Lucchi, afirmou que atribuiu a honraria "não apenas a Ocalan, mas também à nação curda" e ressaltou que "ao defender ideias e direitos, não se deve ter medo".

    Nos últimos anos, Ancara já havia protestado de maneira semelhante contra Roma pela concessão de cidadania por vários municípios italianos, incluindo Nápoles e Palermo. O PKK é considerado um grupo terrorista pelo governo turco. Em isolamento total desde 2005, Ocalan está detido na prisão de Imrali, no Mar de Mármara, onde cumpre pena de prisão perpétua, desde 15 de fevereiro de 1999. Com 69 anos, o fundador do PKK é considerado pelo governo da Turquia como o inimigo público número 1 do país. Em janeiro, no entanto, Ancara permitiu excepcionalmente que ele recebesse a visita de seu irmão Mehmet.

Ansa - Brasil   
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