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Turquia assumiu controle de quase 1 mil empresas desde golpe fracassado, diz vice-premiê

7 jul 2017 - 10h15
(atualizado às 11h12)
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As autoridades turcas apreenderam ou nomearam um administrador para 965 empresas com vendas anuais totais de cerca de 6 bilhões de dólares no ano desde uma tentativa de golpe em julho de 2016, disse o vice-primeiro- ministro turco Nurettin Canikli na sexta-feira.

Bandeira da Turquia em embaixada em Viena, na Áustria. 31/03/2017 REUTERS/Leonhard Foeger
Bandeira da Turquia em embaixada em Viena, na Áustria. 31/03/2017 REUTERS/Leonhard Foeger
Foto: Reuters

Sob a regra de emergência imposta após a tentativa de golpe, as autoridades turcas assumiram o controle de empresas suspeitas de laços com seguidores de Fethullah Gulen, clérigo muçulmano residente nos Estados Unidos que Ancara culpa pelo golpe malfadado.

As 965 companhias sob controle estatal, sediadas em 43 províncias de todo o país, têm ativos totalizando 11,3 bilhões de dólares e empregam 46.357 empregados, disse Canikli em um comunicado por escrito.

A Turquia assumiu o comando de um banco, de industrias e de empresas de mídia, como parte da repressão contra negócios acusados de ligação com Gulen - que negou envolvimento no golpe.

Além da repressão às empresas, a Turquia prendeu mais de 50 mil pessoas, que aguardam julgamento, e suspendeu ou demitiu cerca de 150 mil outras, incluindo soldados, policiais, professores e servidores públicos, devido às suas supostas conexões com grupos terroristas.

A limpeza alarmou os aliados ocidentais de Ancara e grupos de direitos humanos, que dizem que o presidente turco, Tayyip Erdogan, está usando o golpe como pretexto para calar a dissidência, acusação que ele nega.

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