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Trump volta a sugerir possibilidade de fraude nas eleições

Presidente dos Estados Unidos criticou as votações por correio

17 set 2020 - 19h17
(atualizado às 19h22)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou seus ataques infundados ao sistema de votação por correspondência no país nesta quinta-feira, dizendo que o resultado da disputa eleitoral de 2020 poderia nunca ser determinado com precisão, um ponto de vista que enfraquece quem quer que saia como o vencedor, inclusive ele mesmo.

16/09/2020
REUTERS/Leah Millis
16/09/2020 REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

Trump, que está atrás do desafiante democrata, Joe Biden, nas pesquisas de opinião, tem atacado repetidamente o processo de votação sem evidências, dizendo que pode resultar em uma fraude generalizada, embora milhões de norte-americanos, incluindo muitos militares, tenham votado pelo correio durante anos sem problemas.

Os Estados estão utilizando a votação por correspondência em uma escala muito maior do que o normal para o próximo pleito, para oferecer uma opção ao voto presencial durante a pandemia do coronavírus. Especialistas em eleições que estudaram décadas de eleições dos Estados Unidos dizem que a ocorrência de fraudes é rara.

"Por causa da nova e sem precedentes quantidade de cédulas não solicitadas que serão enviadas aos "eleitores", ou onde quer que seja, este ano, o resultado da eleição de 3 de novembro pode NUNCA SER DETERMINADO COM PRECISÃO, que é o que alguns desejam. Outro desastre eleitoral ontem. Pare a loucura da votação por correspondência!", Trump publicou no Twitter.

   O Twitter marcou dois tuítes de Trump sobre a votação pelos correios nesta quinta-feira com um selo que dizia "Entenda como a votação por correspondência é segura" e que levava a dados e especialistas apoiando a postura de que fraude eleitoral é extremamente rara.

Dezesseis Estados exigem um motivo para o voto à distância, como doença ou viagem, por exemplo. Os outros 34 permitem que qualquer eleitor registrado solicite uma cédula para votar remotamente. Trump afirmou, sem evidências, que o sistema que atende a maior parte dos Estados é suscetível a fraudes, embora os norte-americanos há muito tempo votem por correspondência.

Um em cada quatro votos em 2016 foi dado por correspondência.

As eleições do dia 3 de novembro prometem ser o maior teste do país até agora para os votos à distância, e os dois grandes partidos estão envolvidos em diversos processos que irão definir como milhões de norte-americanos irão exercitar seu direito ao voto daqui em diante.

A campanha de Biden respondeu com uma nota que foi emitida após um ataque de Trump às votações por correio em julho. 

"O povo americano irá decidir essa eleição. E o governo dos Estados Unidos é perfeitamente capaz de escoltar intrusos para fora da Casa Branca", disse o porta-voz Andrew Bates.

Os eleitores democratas estão adotando as cédulas de votação à distância em números muito maiores do que os republicanos, de acordo com dados recentes de eleições locais e estaduais.

A tendência tem alarmado os republicanos, disseram mais de duas dúzias de autoridades republicanas de seis Estados em disputa à Reuters no mês passado. Eles temem que os democratas tenham um número significativamente maior de votos pelo correio até novembro, um déficit que pode ser difícil de superar se a pandemia diminuir a participação no dia da eleição.

Na quinta-feira, o senador Marco Rubio, um republicano que é presidente do Comitê de Inteligência da Casa, disse que a afirmação de Trump "apenas não é precisa".

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