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Trump visita fronteira para defender construção de muro

Presidente norte-americano foi até o Texas para reforçar apoio a um de seus maiores compromissos de campanha

10 jan 2019 - 11h51
(atualizado às 15h22)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visita o Estado do Texas nesta quinta-feira para reforçar o argumento de que o país passa por uma crise que só pode ser solucionada empregando bilhões de dólares para construir um muro ao longo da fronteira com o México.

A visita à cidade de fronteira de McAllen acontece no 20º dia de uma paralisação parcial do governo norte-americano que deixou centenas de milhares de pessoas sem trabalhar, ou trabalhando sem receber, enquanto Trump e seus colegas republicanos discutem com democratas sua demanda por 5,7 bilhões de dólares para construir a barreira.

Presidente dos EUA, Donald Trump 06/01/2019 REUTERS/Joshua Roberts
Presidente dos EUA, Donald Trump 06/01/2019 REUTERS/Joshua Roberts
Foto: Reuters

O plano de construir um muro na fronteira sul do país foi uma das principais promessas da campanha presidencial de Trump em 2016. No mês passado, o presidente chegou a dizer que ficaria "orgulhoso" em paralisar o governo por causa da questão.

Trump também tem considerado declarar uma emergência nacional para passar por cima do Congresso e usar recursos destinados ao Departamento de Defesa para construir o muro. Os democratas, que controlam a Câmara dos Deputados, se recusam a aprovar o financiamento para a barreira.

Críticos dizem que tal medida seria ilegal e planejam recorrer judicialmente se a decisão for tomada. Até alguns republicanos que querem construir o muro têm se oposto a retirar dinheiro dos militares para pagar pela estrutura.

Trump irá ao Texas acompanhado dos dois senadores do Estado, os republicanos John Cornyn e Ted Cruz. Após a visita do presidente, Cornyn realizará uma mesa redonda com prefeitos, juízes, autoridades de segurança locais e outros envolvidos na questão da fronteira.

Em 22 de dezembro, cerca de 25 por cento do governo norte-americano --excluindo o Departamento de Defesa e programas de saúde-- foram paralisados devido à incapacidade do Congresso de chegar a um acordo sobre o financiamento de todas as agências do governo antes do prazo de setembro.

Democratas acusam Trump de usar táticas de medo e de difundir informações incorretas sobre a situação ao longo da fronteira para cumprir a promessa de campanha de erguer o muro, à medida que se prepara para uma tentativa de reeleição em 2020.

O presidente tem tentado fortalecer seu argumento junto ao público e garantir o apoio de qualquer parlamentar republicano que pode estar hesitante, à medida que seus eleitores por todo o país --incluindo agentes de fronteira e de segurança de aeroportos-- perdem seus dias de pagamento.

Na terça-feira, Trump disse em seu primeiro pronunciamento televisionado no horário nobre direto do Salão Oval da Casa Branca que há uma crescente crise humanitária e de segurança na fronteira.

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