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Trump se alia a democratas e aceita ampliar teto da dívida até dezembro

6 set 2017 - 17h01
(atualizado às 17h31)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colocando-se ao lado dos democratas em relação a seus colegas republicanos, disse nesta quarta-feira que acertou com os parlamentares aprovar uma ampliação do teto da dívida norte-americana até 15 de dezembro, evitando potencialmente um calote inédito da dívida do governo.

Trump se reúne com parlamentares em Washington
 6/9/2017    REUTERS/Kevin Lamarque
Trump se reúne com parlamentares em Washington 6/9/2017 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Depois de se reunir com líderes do Congresso dos dois partidos na Casa Branca, Trump disse também ter concordado com um projeto de lei de financiamento até meados de dezembro que evitará a paralisação do governo e com a liberação de ajuda para as vítimas do furacão Harvey.

    "Temos uma extensão, que irá até 15 de dezembro. Isso incluirá o teto da dívida, isso incluirá (os gastos de curto prazo para o próximo ano fiscal) e isso incluirá o Harvey, a quantia de dinheiro ainda será determinada", disse o presidente aos repórteres a bordo do Força Aérea Um.

Trump, que vem tendo uma relação tensa com líderes congressistas das duas siglas, está iniciando a ofensiva legislativa mais dura de seu mandato. Ele descreveu as conversas na Casa Branca nesta quarta-feira como cordiais e profissionais.

    Uma fonte a par da reunião disse que o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, e todos os republicanos presentes defenderam uma extensão do teto da dívida por um período mais longo, mas que ao final do encontro Trump se alinhou aos democratas, que queriam um prazo de três meses.

    "Os dois lados têm toda intenção de evitar um calote em dezembro e esperam poder trabalhar juntos nas muitas questões à nossa frente", disseram em um comunicado Chuck Schumer, principal democrata no Senado, e Nancy Pelosi, mais importante democrata na Câmara dos Deputados.

    O dólar ganhou impulso com a notícia do entendimento sobre o teto da dívida, que limita quanto dinheiro o governo dos EUA pode tomar emprestado. Muitos conservadores do Congresso rejeitam aumentá-lo sem cortar gastos.

    O Departamento do Tesouro disse que o teto precisa ser elevado nas próximas semanas, senão o governo não poderá fazer novos empréstimos nem pagar suas costas, incluindo os pagamentos da dívida. Isso pode prejudicar a nota de crédito dos EUA, provocar um caos financeiro, abalar a economia do país e talvez desencadear uma recessão.

    Mais cedo nesta quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Paul Ryan, havia qualificado a proposta democrata de um prazo de extensão de três meses como "uma ideia ridícula" que iria "politizar o teto da dívida".

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