PUBLICIDADE

Mundo

Trump ressaltará defesa de soberania dos EUA em discurso na ONU, diz embaixadora

21 set 2018 - 13h37
Compartilhar
Exibir comentários

Desde que estreou na Organização das Nações Unidas (ONU) no ano passado defendendo a diretriz "América Primeiro", o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já rompeu o acordo nuclear com o Irã, retirou o país do Conselho de Direitos Humanos da ONU e atacou alguns dos aliados mais próximos de Washington.

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso na Assembleia Geral da ONU em 2017 19/09/2017 REUTERS/Lucas Jackson
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso na Assembleia Geral da ONU em 2017 19/09/2017 REUTERS/Lucas Jackson
Foto: Reuters

Quando discursar na ONU na semana que vem, Trump planeja se ater à mesma mensagem alardeando seu empenho em proteger a soberania dos EUA diante de líderes mundiais, alguns dos quais se preocupam com o compromisso norte-americano com o multilateralismo que governa a ONU desde o final da Segunda Guerra Mundial.

"Não é dizer que o multilateralismo não pode dar certo. Mas é dizer que a soberania é uma prioridade acima de tudo isso", disse a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, antecipando o discurso que Trump fará na Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas na terça-feira.

"Todas essas coisas que sentíamos que estavam ditando as coisas nos Estados Unidos, estas são coisas com as quais não queremos nos envolver", disse ela, citando o acordo do clima de Paris do qual Trump desligou seu país em 2017 e compromissos globais com um acordo imigratório do qual Washington se retirou antes de eles vigorarem.

No ano passado os EUA também se retiraram da agência cultural da ONU, cortaram o financiamento da agência da entidade que ajuda refugiados palestinos e desencadearam uma guerra comercial com a China. Em uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em julho, Trump lançou a ameaça de que sua nação "seguirá seu próprio caminho" se os membros não gastarem mais com a defesa.

Atualmente Trump está cercado de assessores de direita mais alinhados com sua visão mundial, como o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o assessor de Segurança Nacional, John Bolton, após a saída de seus antecessores, Rex Tillerson e H.R. McMaster, além do ex-conselheiro econômico da Casa Branca, Gary Cohn.

Embora alguns líderes e diplomatas tenham expressado apreensão com o futuro do multilateralismo desde que Trump tomou posse em janeiro do ano passado, eles raramente dão nomes aos bois.

"Não gosto de personalizar as coisas", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, a repórteres nesta semana quando indagado se Trump é uma ameaça ao multilateralismo.

Trump vem se mostrando cético a respeito do valor da ONU há tempos, mas Nikki disse à Reuters que lhe mostrou esse valor pressionando seu Conselho de Segurança a endurecer sanções contra a Coreia do Norte várias vezes.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade