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Trump rejeita acusações de autor e se descreve como "gênio estável"

6 jan 2018 - 18h26
(atualizado às 18h41)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou neste sábado acusações de um autor de que ele seja mentalmente inapto para o cargo e afirmou que seu histórico mostra que ele é um "gênio estável".

Michael Wolff, a quem foi dado amplo e pouco comum acesso à Casa Branca durante grande parte do primeiro ano de Trump, tem dito ao promover seu livro, "Fire and Fury - Inside the Trump White House"("Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump"), que Trump é inadequado para a Presidência.

Trump, em uma séria de posts matinais no Twitter, disse que seus críticos democratas e a imprensa norte-americana estavam trazendo a "velha cartilha sobre Ronald Reagan e gritando estabilidade mental e inteligência" uma vez que eles não foram capazes de derrubá-lo de outras maneiras.

Reagan, republicano que foi presidente dos Estados Unidos de 1981 a 1989, foi diagnosticado com Alzheimer em 1994 e morreu em 2004.

"Na verdade, ao longo da minha vida, meus dois maiores recursos foram a estabilidade mental e ser... realmente inteligente", disse Trump no Twitter.

"Eu fui de um homem de negócios MUITO bem-sucedido para estrela da TV... (e) para presidente dos Estados Unidos (na minha primeira tentativa). Eu acho que seria qualificado não como inteligente, mas gênio... e um gênio muito estável nisso!"

Trump, de 71 anos, publicou os tuítes de seu retiro presidencial em Camp David, onde está reunido com líderes republicanos do Congresso e muitos secretários do gabinete para discutir sua agenda legislativa para o ano.

O livro de Wolff se tornou um best-seller instantâneo na sexta-feira.

Desdenhado por Trump como cheio de mentiras, o livro retrata uma Casa Branca caótica, um presidente que estava mal preparado para conquistar o cargo em 2016 e auxiliares de Trump que desprezavam suas habilidades.

Respondendo a perguntas de repórteres em Camp David após uma reunião, Trump chamou Wolff de "fraude" e disse que o livro é "uma completa obra de ficção".

"Eu acho que é uma desgraça", disse o presidente.

Trump disse que nunca concedeu a Wolff uma entrevista para o livro e culpou o ex-conselheiro Steve Bannon por garantir acesso a Wolff na Casa Branca. Wolff disse que falou com Trump, mas que o presidente talvez não tenha entendido que estava sendo entrevistado.

Os tuítes foram outro sinal da frustração de Trump do que ele viu como um tratamento injusto pela mídia de sua Presidência, em meio a uma investigação federal sobre se ele ou seus auxiliares de campanha conspiraram com a Rússia durante a campanha presidencial de 2016, na qual ele derrotou a democrata Hillary Clinton.

Wolff disse à rádio BBC, em entrevista veiculada neste sábado, que sua conclusão no livro de que o presidente não é capaz para o trabalho está se tornando uma visão generalizada.

Ele afirmou à NBC News na sexta-feira que a equipe da Casa Branca trata Trump como uma criança.

"A descrição que todo mundo deu, todo mundo tem em comum, todos dizem que ele é como uma criança", disse Wolff. "E o que querem dizer com isso, ele tem uma necessidade de gratificação imediata. É tudo sobre ele."

"Este homem não lê, não escuta. Ele é uma bola de pinball, apenas disparando pelos lados."

O correspondente da Fox News Geraldo Rivera disse ao programa "Fox and Friends" no sábado que havia falado com Trump na sexta-feira e de que o presidente estava "muito, muito frustrado" que a questão de sua aptidão mental estava ganhando força.

Trump deverá se submeter ao primeiro exame físico de seu mandato em 12 de janeiro. O exame foi anunciado em 7 de dezembro após questões terem sido levantadas sobre a saúde de Trump ao ter articulado mal parte de seu discurso no qual anunciou que os Estados Unidos reconheciam Jerusalém como capital de Israel.

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