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Trump reivindica crédito por possíveis conversas entre Coreias, sinaliza concessão olímpica

4 jan 2018 - 18h35
(atualizado às 19h50)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que as possíveis conversas entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul são "uma coisa boa", e a Presidência da Coreia do Sul afirmou que o líder norte-americano concordou que não haverá exercícios militares com os sul-coreanos durante a Olimpíada de Inverno do mês que vem.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante reunião na Casa Branca
04/01/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante reunião na Casa Branca 04/01/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

A Casa Azul, sede da Presidência da Coreia do Sul, disse que Trump falou ao presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em um telefonema, que espera que as conversas entre as Coreias deem bons resultados, e que enviará uma delegação de alto nível, que contará com membros de sua família, aos Jogos de Inverno, que serão realizados na Coreia do Sul.

Uma autoridade da administração dos EUA disse à Reuters que havia uma discussão sobre a filha de Trump, Ivanka, comparecer aos jogos em Pyeongchang.

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre isso, mas disse que Trump e Moon concordaram em "desarmar as Olimpíadas e nossos exercícios militares" para garantir a segurança dos jogos e que uma "delegação de alto nível" compareça.

Ao mesmo tempo, os dois líderes também "concordaram em continuar a campanha de máxima pressão contra a Coreia do Norte", acrescentou.

Mais tarde o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, minimizou o adiamento dos exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul, dizendo que eles serão retomados após a conclusão dos Jogos Paraolímpicos de 9 a 18 de março e que sua postergação foi simplesmente devido a preocupações logísticas.

A Coreia do Norte há muito tempo afirma que os exercícios militares conjuntos entre EUA e Coreia do Sul são uma preparação para uma invasão ao país.

Mattis também creditou a pressão internacional liderada pelos Estados Unidos sobre a Coreia do Norte sobre seus programas de armas nucleares e mísseis para a oferta de conversas de Pyongyang com o Sul, mas acrescentou que é muito cedo para dizer se o gesto norte-coreano é significativo.

Em um tuíte publicado pouco antes do comunicado do governo da Coreia do Sul, Trump elogiou as possíveis conversas entre as duas nações vizinhas como uma "coisa boa", e reivindicou crédito por qualquer diálogo bilateral depois que Seul e Pyongyang sinalizaram disposição em conversar.

"Alguém realmente acredita que conversas e diálogos estariam acontecendo entre as Coreias do Sul e do Norte agora se eu não tivesse sido firme, forte e disposto a comprometer nosso total 'poder' contra a Coreia do Norte?", escreveu Trump no Twitter, acrescentando que "conversas são uma coisa boa".

O comandante das forças norte-americanas na Coreia do Sul alertou, no entanto, para ninguém depositar muitas esperanças no gesto de apaziguamento da Coreia do Norte.

"Precisamos manter nossas expectativas no nível apropriado", disse o general Vincent Brooks, durante um discurso feito em uma universidade de Seul, segundo a agência de notícias Yonhap.

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