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Trump quer proibir lançamento de livro bombástico

Antes mesmo de chegar às lojas, obra abriu crise na Casa Branca

4 jan 2018 - 20h29
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Os advogados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviaram ao escritor Michael Wolff, autor do livro que está sacudindo a Casa Branca, uma carta pedindo o cancelamento do iminente lançamento da obra.

    No documento, a defesa do magnata cobra a proibição da publicação, distribuição e difusão de "Fire and Fury: Inside the Trump White House" ("Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump", em tradução livre), sob o risco de cair no crime de "difamação".

    O livro será lançado na semana que vem e traz declarações bombásticas do ex-estrategista-chefe da Casa Branca Steve Bannon, que chamou de "subversivo" e "antipatriótico" um encontro entre o primogênito do presidente, Donald Trump Jr., com supostos representantes do governo russo em Nova York, em junho de 2016.

    Demitido em agosto passado, Bannon era um dos assessores mais próximos do mandatário e é considerado uma das principais vozes da ultradireita nos Estados Unidos. No livro, o ex-estrategista-chefe também diz acreditar que Trump tenha se reunido com russos durante a campanha de 2016.

    Advogados do presidente já ameaçaram processar Bannon por violação de um suposto "acordo de confidencialidade". Trump ainda não se pronunciou sobre seu antigo aliado, mas a Casa Branca afirmou que o livro de Wolff é uma "completa fantasia".

    A obra também conta que o presidente e a primeira-dama Melania Trump dormem em quartos separados. Além disso, segundo o volume, a ex-modelo chorou, "mas não de alegria", na noite da vitória sobre a democrata Hillary Clinton. Mesmo sem ter chegado às prateleiras, o livro de Wolff já lidera a lista de mais vendidos da Amazon.

    Bannon foi demitido após ter dado uma entrevista negando a existência de uma solução militar para a crise na Coreia do Norte, contradizendo o próprio Trump, e chamando a extrema direita de "um monte de palhaços".

    O escândalo da Rússia vem se aproximando do gabinete do presidente, principalmente depois de seu ex-conselheiro para Segurança Nacional Michael Flynn ter se declarado culpado por mentir a agentes do FBI sobre contatos com representantes de Moscou.

    A polícia federal norte-americana investiga se o Kremlin influenciou de alguma forma as eleições de 2016 e se houve conluio entre a Rússia e membros da equipe de Trump.

Ansa - Brasil   
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