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Trump promete ação rápida contra "bárbaro" ataque com armas químicas na Síria

9 abr 2018 - 20h21
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta segunda-feira ação rápida em resposta a um "bárbaro" ataque possivelmente com armas químicas na Síria e deixou claro que todas as opções, incluindo ação militar, estão na mesa.

Trump durante reunião na Casa Branca
 9/4/2018    REUTERS/Carlos Barria
Trump durante reunião na Casa Branca 9/4/2018 REUTERS/Carlos Barria
Foto: Reuters

Falando em encontro do gabinete, Trump disse que iria se encontrar com assessores militares e de outras áreas e que uma decisão será tomada nas próximas horas.

    "Nada está fora da mesa", disse quando perguntado se ação militar norte-americana é uma possibilidade.

    O possível ataque com armas químicas na noite de sábado matou ao menos 60 pessoas e deixou mais de mil feridos em diversos locais de Douma, uma cidade próxima à capital Damasco, de acordo com uma organização síria.

    Depois de dois dias, a Casa Branca só disse que o ataque se encaixa no padrão de uso de armas químicas do presidente da Síria, Bashar al-Assad.

    Avaliações iniciais norte-americanas até o momento não foram capazes de determinar conclusivamente quais materiais foram usados no ataque e não puderam dizer com 100 por cento de certeza se as forças de Assad estavam por trás dele.

    "Foi um ataque abominável", disse Trump. "Isto é sobre humanidade. Nós estamos falando sobre humanidade. Não pode ser permitido que isto aconteça".

    Perguntado se o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pode ter alguma responsabilidade pelo ataque, Trump disse: "Ele pode, sim, ele pode. E se ele tiver, isto vai ser muito duro, muito duro".

A embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas, Nikki Haley, disse que Washington "irá responder" ao ataque independentemente de o Conselho de Segurança da ONU agir ou não.

    O governo sírio e a Rússia, sua aliada, negaram envolvimento no ataque.

Órgãos internacionais liderados pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) tentavam estabelecer exatamente o que aconteceu em Douma, uma cidade tomada por rebeldes no distrito de Ghouta Oriental.

O Reino Unido e os EUA concordaram nesta segunda-feira que o ataque possuía as marcas de ataques anteriores com armas químicas feitos pelo governo Assad, mas nenhum dos dois países deu detalhes sobre qual tipo de químico pode ter sido usado ou como o ataque foi realizado.

    "As imagens, especialmente de crianças sofrendo, chocaram a consciência de todo o mundo civilizado", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders. "Infelizmente, estas ações são consistentes com o padrão estabelecido por Assad de uso de armas químicas".

Trump disse estar conversando com líderes militares e que irá decidir quem foi responsável pelo "ato bárbaro" - se foi a Rússia, o governo de Assad, o Irã, ou todos eles juntos.

    No domingo, o presidente dos EUA, que havia buscado relações mais calorosas com a Rússia, criticou Putin por nome no Twitter, conforme criticava a Rússia e o Irã por apoiarem o "animal Assad".

Trump também disse no domingo após relatos iniciais de um ataque que haveria um "grande preço a ser pago".

    Os EUA dispararam mísseis contra uma base aérea síria há um ano em resposta à morte de dezenas de civis em um ataque com gás sarin em uma cidade tomada pela oposição. Os ataques de mísseis não fizeram muitos danos a longo prazo às forças do governo sírio e a posição de Assad só se tornou mais forte com apoio russo e iraniano.

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