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Trump pede que Senado dos EUA mude regras com paralisação do governo entrando no segundo dia

21 jan 2018 - 15h49
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo que, se o impasse que levou à paralisação do governo continuar, os republicanos devem financiar o governo mudando as regras do Senado, que atualmente exigem uma super maioria para a aprovação das contas de dotações, mas os principais republicanos imediatamente descartaram a ideia.

O financiamento para agências federais acabou sábado com Trump e parlamentares republicanos bloqueados em um impasse com os democratas. Conforme a paralisação avança para o segundo dia, parece não haver um caminho para acabar com a crise rapidamente.

"Os Dems (Democratas) só querem que imigrantes ilegais despejem em nosso país sem controle. Se o impasse persistir, os republicanos devem ir para 51 por cento (Opção Nuclear) e votar no orçamento real e de longo prazo", escreveu Trump no Twitter.

A proposta de Trump foi rapidamente rejeitada pelo líder republicano no Senado, Mitch McConnell

A proposta de Trump foi rejeitada quase que imediatamente pelo líder republicano no Senado, Mitch McConnell.

Os senadores republicanos se opõem à mudança das regras da Casa para que a lei para financiar o governo e acabar com a atual paralisação possa ser aprovada por maioria simples, disse o porta-voz.

"A Conferência Republicana se opõe à mudança de regras na legislação", disse o porta-voz em um email.

As regras atuais do Senado exigem uma super maioria de três quintos da Câmara, normalmente 60 de 100, para que a legislação supere os obstáculos processuais e passe.

O Senado votará na segunda-feira um projeto para financiar o governo até 8 de fevereiro, a menos que os democratas concordem em realizar a votação antes, disse McConnell no sábado.

Os democratas dizem que a legislação de gastos de curto prazo deve incluir proteção para imigrantes ilegais levados aos EUA quando eram crianças, conhecidos como 'sonhadores'.

O líder do partido democrata no Senado, Chuck Schumer, acusou Trump de ser um negociador não confiável, dizendo que os dois lados chegaram perto de um acordo várias vezes, mas Trump sempre recuava frente aos pedidos dos conservadores contrários a imigração.

Schumer "colocou muitas coisas na mesa" nas negociações na sexta-feira, as quais Trump aceitou e depois "retrocedeu", disse o senador democrata Chris Coons no programa Fox News Sunday.

Os republicanos, que tem uma estreita maioria de 51 a 49 no Senado, disseram que não negociarão as questões de imigração até que o governo volte a operar.

Com as eleições de novembro para um terço dos assentos do Senado e toda a Câmara dos Deputados se aproximando, ambos os lados estão manobrando para culpar o outro pela paralisação.

Após o dinheiro para as agências federais ter acabado à meia-noite na sexta-feira, os funcionários públicos federais receberam ordens para ficar em casa ou, em alguns casos, trabalhar sem pagamento, até que um novo financiamento seja aprovado. A paralisação é a primeira desde o fechamento de 16 dias em outubro de 2013.

Falando para soldados norte-americanos em uma instalação militar no Oriente Médio, o vice-presidente Mike Pence disse que o governo não reabrirá as negociações com os parlamentares sobre a "imigração ilegal" até que a paralisação acabe.

"Nós não vamos reabrir as negociações sobre imigração ilegal até que eles reabram o governo e deem a vocês, nossos soldados, e suas famílias, os benefícios e salários que vocês conquistaram", disse Pence.

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