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Trump nega ter falado palavrão sobre imigrantes

Revelação causou indignação em entidades internacionais

12 jan 2018 - 11h41
(atualizado às 13h08)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta sexta-feira (12) que tenha usado palavras de baixo calão contra os imigrantes do Haiti, El Salvador e de países africanos.

"A linguagem usada por mim no encontro do Daca foi dura, mas não foi aquela linguagem que usei. O que foi realmente duro foi a proposta extravagante feita - um grande passo atrás para o Daca", escreveu em seu Twitter.

A mídia norte-americana reportou que Trump usou o termo "buracos de merda" para se referir aos imigrantes que vinham dos dois países da América Central e da África. No entanto, a fala publicada por todos os grandes jornais norte-americanos teve grande repercussão.

Trump
Trump
Foto: Jornal do Brasil

O porta-voz das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville, afirmou que as palavras eram "vergonhosas e chocantes" e que tais comentários poderiam causar xenofobia por parte da população norte-americana contra os imigrantes.

"Não se pode liquidar países inteiros como 'buracos de merda'.

Isso pode danificar e destruir a vida de muitas pessoas [porque] legitima que elas sejam atingidas com base nos países de onde vem. Elas vão contra os valores universais que o mundo duramente perseguiu depois da Segunda Guerra Mundial e o Holocausto", acrescentou Colville.

Já a porta-voz da União Africana, Ebba Kalon, afirmou em entrevista à agência de notícias Associated Press que a fala de Trump a deixou "francamente assustada".

"Dada a realidade histórica de como muitos africanos chegaram nos Estados Unidos, como escravos, essa declaração vai contra qualquer comportamento e prática aceitáveis. E é particularmente surpreendente, já que os EUA são um exemplo global de como a migração fez nascer uma nação construída sobre fortes valores de diversidade e oportunidade", ressaltou Kalon.

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