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Trump nega afirmação de ex-advogado de que sabia sobre encontro com russos na Trump Tower

27 jul 2018 - 12h13
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta sexta-feira ter tomado conhecimento da reunião de 2016 de seu filho Donald Trump Jr. e outros membros de sua campanha na Trump Tower com um grupo de russos que ofereceram informações prejudiciais sobre sua rival democrata, Hillary Clinton.

Presidente dos EUA, Donald Trump, faz pronunciamento nos jardins da Casa Branca
2707/2018
REUTERS/Carlos Barria
Presidente dos EUA, Donald Trump, faz pronunciamento nos jardins da Casa Branca 2707/2018 REUTERS/Carlos Barria
Foto: Reuters

"Eu NÃO sabia da reunião do meu filho, Don jr", escreveu Trump no Twitter depois de uma reportagem da rede CNN citar seu advogado de longa data Michael Cohen afirmando que Trump soube da reunião com antecedência.

    Citando fontes não identificadas com conhecimento do assunto, a CNN disse que Cohen está disposto a fazer essa afirmação ao procurador especial Robert Mueller, que investiga se a campanha de Trump trabalhou com a Rússia para manipular a eleição presidencial de 2016.

    Procuradores federais de Nova York estão investigando Cohen devido a possíveis fraudes bancárias e tributárias e possíveis violações de leis de campanha ligadas ao pagamento de 130 mil dólares à atriz pornô Stormy Daniels, segundo disse à Reuters uma pessoa familiarizada com o inquérito.

    O pagamento a Stormy Daniels, que afirma ter tido um relacionamento íntimo com Trump, teria sido uma forma de comprar seu silêncio a respeito do caso.

    Cohen não foi acusado de nenhum crime.

    Trump, que já havia dito não ter sabido da reunião com antecedência, insinuou que Cohen o está implicando em troca de uma possível imunidade de acusações diferentes, relacionadas aos seus negócios.

    "Parece-me que alguém está tentando inventar histórias para se livrar de uma confusão sem relação", especulou Trump no Twitter, sem justificar sua colocação.

    O presidente republicano se mostrou furioso com a insinuação de que pode dever sua vitória eleitoral à Rússia e se concentrou em refutar a hipótese de um conluio, e não nas preocupações com as descobertas da comunidade de inteligência norte-americana sobre uma interferência de Moscou a seu favor.

    Em uma série de tuítes irritados publicados na manhã desta sexta-feira, ele voltou a negar um conluio com Moscou e a acusar o inquérito de Mueller de ser uma caça às bruxas. A Rússia nega ter se intrometido na eleição.

    Cohen não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre o tuíte de Trump. Não se sabe o papel que ele, um confidente pessoal antigo de Trump, pode desempenhar na investigação de Mueller.

O advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, chamou Cohen de mentiroso na noite de quinta-feira, depois da reportagem da CNN sobre a reunião na Trump Tower. "Ele está mentindo a semana toda, ou por duas semanas, ele está mentindo há anos", disse Giuliani à CNN.

Trump demonstrou não acreditar que Cohen tenha gravado conversas com ele na quarta-feira, um dia depois de uma gravação de áudio de um diálogo entre os dois ser mostrada na televisão dos EUA. Nela os dois debatem um pagamento pelos direitos de uma história da ex-Playmate Karen McDougal sobre um suposto caso com Trump.

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