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Trump diz ter falado sobre Biden em telefonema com presidente ucraniano

23 set 2019 - 09h02
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo que conversou sobre o pré-candidato presidencial democrata Joe Biden e seu filho em uma conversa telefônica com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
22/09/2019
REUTERS/Jonathan Ernst
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump 22/09/2019 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

A declaração de Trump a repórteres a respeito da conversa de 25 de julho com Zelensky chegou no momento em que o líder democrata de um importante comitê parlamentar disse que o pedido de um impeachment de Trump pode ser o "único remédio" para a situação.

O telefonema está no centro de uma batalha política em Washington que tem se agravado desde sexta-feira, quando veículos de notícias relataram que Trump pediu diversas vezes ao presidente ucraniano que investigue se Biden, o democrata favorito para enfrentá-lo na eleição do ano que vem, abusou de sua posição quando era vice-presidente.

Trump disse a repórteres na Casa Branca que o telefonema foi sobretudo de parabenização, mas que também tratou de corrupção e dos Biden.

"A conversa que tive foi principalmente congratulatória, principalmente sobre corrupção, toda a corrupção acontecendo e principalmente sobre o fato de que não queremos nosso povo, como o vice-presidente Biden e seu filho, criando a corrupção que já existe na Ucrânia", disse Trump.

Os democratas disseram que, se Trump pediu a Zelensky que investigue Biden, isso equivale a incentivar uma interferência estrangeira na eleição de 2020.

Trump nega ter feito algo inadequado. Seus aliados, como o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, defenderam o telefonema do presidente -- que, segundo reportagens, foi tema de uma queixa feita por um delator ainda não identificado.

Se uma investigação mostrar que Trump pressionou a Ucrânia a investigar Biden, o Congresso dos EUA pode não ter outra escolha além de buscar um impeachment, disse o presidente democrata do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados, Adam Schiff, ainda no domingo.

Schiff vinha relutando em pedir um impeachment, mas seus comentários no programa "State of the Union" da CNN mostraram que sua postura mudou.

"Se o presidente está essencialmente retendo ajuda militar ao mesmo tempo em que está tentando coagir um líder estrangeiro a fazer algo ilícito, a fornecer sujeira sobre seu oponente durante uma campanha presidencial, então este pode ser o único remédio que é equivalente ao mal que essa conduta representa", disse Schiff.

O senador Mitt Romney, que já se chocou com Trump, usou um tom de alarme raro entre os colegas republicanos de Trump.

"Se o presidente pediu ou pressionou o presidente da Ucrânia a investigar seu rival político... isso seria perturbador ao extremo", disse o candidato presidencial republicano de 2012 no Twitter.

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