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Trump diz que secretário do Trabalho renunciou em reação ao caso Epstein

12 jul 2019 - 13h58
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que o secretário do Trabalho, Alexander Acosta, renunciou, acreditando que se tornou uma distração para o governo por causa da maneira como lidou com o caso de abuso sexual contra o financista Jeffrey Epstein uma década atrás.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar a renúncia do Secretário do Trabalho, Alexander Acosta, na Casa Branca, em Washington
12/07/2019
REUTERS/Kevin Lamarque
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar a renúncia do Secretário do Trabalho, Alexander Acosta, na Casa Branca, em Washington 12/07/2019 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Acosta acompanhou Trump ao gramado da Casa Branca quando este anunciou sua renúncia, que, segundo ele, foi ideia de Acosta.

Trump comunicou a saída de Acosta aos repórteres nesta sexta-feira quando partia da Casa Branca para o Wisconsin.

Ele disse que Acosta tomou a iniciativa de renunciar ligando-o na manhã desta sexta-feira e dizendo que sentia ter se tornado uma distração para o governo.

Enquanto Trump o elogiou por ter sido um "ótimo, ótimo" secretário do Trabalho, Acosta disse que seria "egoísta" de sua parte ficar no cargo.

Trump indicou o vice-secretário do Trabalho, Patrick Pizzella, como interino no cargo.

Acosta integrava o gabinete de Trump desde abril de 2017, e de 2005 a 2009 foi o procurador-geral do distrito sul da Flórida. Foi lá que ele esteve à frente do primeiro caso de Epstein envolvendo sexo com garotas, que resultou em uma punição que críticos dizem ter sido muito branda.

Epstein, gestor bilionário de fundos de hedge, se declarou inocente de novas acusações federais em Nova York nesta semana. Ele frequentava um círculo social que ao longo dos anos incluiu Trump, o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe britânico Andrew.

Nancy Pelosi, presidente democrata da Câmara dos Deputados, e Chuck Schumer, líder da maioria democrata no Senado, pediram a renúncia de Acosta na terça-feira.

Naquele mesmo dia, Acosta respondeu às críticas dizendo no Twitter que os crimes de Epstein são "horríveis" e que está satisfeito de ver procuradores seguirem em frente com base em novos indícios e depoimentos que podem "sujeitá-lo mais plenamente à justiça".

Na quarta-feira, Acosta chamou uma coletiva de imprensa para defender sua abordagem do caso, que permitiu que Epstein se declarasse culpado de uma acusação estadual para não enfrentar um processo federal. Ele argumentou que Epstein teria tido uma pena ainda mais leve se não fosse pelo acordo.

Acosta não quis dizer se tomaria a mesma decisão em relação a Epstein agora, tendo em conta a força do movimento #MeToo, que provocou a queda de vários homens poderosos acusados publicamente por mulheres de crimes sexuais.

Na segunda-feira, procuradores de Nova York acusaram Epstein, de 66 anos, de tráfico sexual, de atrair dezenas de garotas, algumas de 14 anos, a suas luxuosas residências e de coagi-las a praticar atos sexuais.

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