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Trump diz que perdão a Manafort "não está descartado"

29 nov 2018 - 10h13
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quarta-feira que não descartou conceder um perdão ao seu ex-gerente de campanha Paul Manafort, que se declarou culpado de uma série de acusações federais que vão de lavagem de dinheiro à prática de lobby sem registro.

Presidente dos EUA, Donald Trump
26/11/2018
REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos EUA, Donald Trump 26/11/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

"Nunca foi debatido, mas eu não descartaria. Por que eu descartaria?", disse o presidente ao jornal New York Post durante uma entrevista no Salão Oval.

    Assistentes do procurador especial que investiga a interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016 disseram em autos na segunda-feira que Manafort mentiu a eles, violando um acordo de admissão de culpa.

    "Manafort cometeu crimes federais ao mentir para o Birô Federal de Investigação e para o escritório do procurador especial a respeito de uma variedade de temas", disse o procurador especial Robert Mueller nos autos, que não deram detalhes, mas prometeram novos dados como parte de um relatório que antecederá a divulgação da pena.

    O Wall Street Journal, citando pessoas a par do assunto, disse que as supostas declarações falsas de Manafort incluem comentários sobre seus negócios e contatos com um ex-associado na Ucrânia.

    Estas declarações não pareceram ser essenciais para as alegações de possível conluio entre a campanha de Trump e a Rússia, que Mueller está investigando, mas não está claro se os procuradores planejam acusar Manafort de outras mentiras, noticiou o WSJ. Moscou nega ter influenciado a eleição de 2016, e Trump negou a ocorrência de qualquer conluio.

    Os porta-vozes de Manafort e Mueller não quiseram comentar a reportagem do WSJ.

    Nos autos, Manafort disse que discordou quando o procurador especial Robert Mueller afirmou que ele mentiu, mas os dois lados concordaram que o tribunal deveria ir adiante e condená-lo por seus crimes.

    Sem um perdão, Manafort, de 69 anos, pode passar o resto da vida na prisão, dizem especialistas.

    A suspensão do acordo de admissão de culpa significa que Manafort quase certamente receberá uma pena mais dura - tanto pelos crimes que admitiu em Washington quanto por sua condenação em um caso separado de fraude bancária e tributária na Virgínia em agosto.

    Manafort pode estar sujeito a cerca de 10 anos de prisão só pelas oito acusações do caso da Virgínia, disseram especialistas em sentenças.

    Mas o desdobramento também levou à especulação de que Manafort pode estar tentando obter favores de Trump ou protegendo outros associados que trabalharam na campanha.

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