Trump defende indicada para CIA após polêmica sobre torturas
Gina Haspel é questionada por forma de conduzir interrogatórios
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta segunda-feira (7) sua indicada para chefiar a CIA, Gina Haspel, que tentou recusar o cargo depois de ser alvo de polêmicas devido ao seu programa de interrogatórios.
"Acabou sendo alvo porque era muito dura com os terroristas", disse Trump no Twitter. De acordo com o jornal norte-americano "The Washington Post" deste domingo (6), Haspel foi convocada pela Casa Branca na última sexta-feira (4) para debater sobre a acusação do uso de técnicas como afogamento simulado, condenado como tortura, em seu programa.
Segundo a publicação, ela disse que vai retirar sua nomeação como diretora da CIA se as acusações de tortura contra ela prejudicarem a agência de inteligência.
Haspel desistiu de sua nomeação para evitar uma audiência brutal de escrutínio no Comitê de Inteligência do Senado, o que poderia prejudicar a reputação da CIA, segundo fontes ouvidas pelo jornal.
A primeira mulher escolhida para chefiar a agência, para suceder Mike Pompeo, atual secretário de Estado, está na CIA há 33 anos e tinha um chamado "local negro" na Tailândia, prisão secreta onde ocorriam esses interrogatórios. Lá, em 2002, um suposto membro da rede terrorista Al Qaeda foi submetido ao "afogamento".