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Trump defende 'dois Estados' na Palestina

EUA trabalham em plano de paz para o Oriente Médio

27 set 2018 - 16h06
(atualizado às 16h26)
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O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26) que vai propor um plano de paz para o Oriente Médio dentro de quatro meses e defendeu a solução de dois estados para o conflito Israel-Palestina.

Em 2017, Trump passou a defender solução com dois Estados.
Em 2017, Trump passou a defender solução com dois Estados.
Foto: EPA / Ansa - Brasil

"A solução de dois Estados me agrada", declarou Trump, antes de se reunir com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

Trump não detalhou se a proposta estará presente no plano que está sendo elaborado há meses por uma equipe da Casa Branca. As autoridades mantêm negociações com grupos políticos do Oriente Médio, mas enfrentam oposição dos palestinos, que se negam a negociar após o governo norte-americano ter reconhecido, em 2017, Jerusalém como capital do Israel. Trump, no entanto, diz estar "100% seguro" de que os palestinos voltarão às tratativas.

"A Israel, não resta outra opção senão uma resposta agressiva aos ataques violentos na região. Os Estados Unidos estão 100% com Israel", disse Trump, que ainda afirmou acreditar que o translado da embaixada norte-americana de Tel-Avvi para Jerusalém produziu avanços em diversos setores, sem detalhar quais. "Acredito que algo acontecerá. É um sonho meu poder fazer algo antes que termine meu primeiro mandato", declarou Trump, mostrando que acredita que vai ser reeleito em 2020.

Em fevereiro de 2017, o magnata republicano causou turbulência no cenário internacional após afirmar que poderia aceitar uma solução "de um Estado" para o conflito. Em dezembro do ano passado, no entanto, o mandatário mudou de postura e declarou pela primeira vez apoiar a solução de dois Estados, reiterada na última quarta-feira (26).

Benjamin Netanyahu parabenizou Trump por suas "fortes palavras" em seu discurso na Assembleia Geral da Onu, na última terça-feira (25). "O senhor mudou a história, tocou nossos corações", disse o líder israelense, sobre o translado da embaixada a Jerusalém. "A aliança entre Israel e Estados Unidos nunca foi tão forte como com o senhor", acrescentou.

Ainda em Nova York, o presidente da autoridade palestina Mahmoud Abbas acusou Israel de elaborar "leis racistas para criar um Estado em que vigore um 'apartheid', como aconteceu na África do Sul, praticando discriminação contra os palestinos".

"A acusação a Israel de Apartheid é vergonhosa", respondeu Netanyahu. "Abbas acusou de maneira ultrajante Israel de racismo. Justamente ele, que pediu a pena de morte para todo judeu que comprar um lote de terras na Palestina", ironizou.

Ansa - Brasil   
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