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Tribunal da Coreia do Sul condena ex-presidente Lee a 15 anos de prisão por corrupção

5 out 2018 - 10h39
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Um tribunal de Seul condenou o ex-presidente sul-coreano Lee Myung-bak a 15 anos de prisão por corrupção nesta sexta-feira, o que fez dele o mais recente de uma leva de políticos e líderes empresariais de destaque do país a serem punidos devido a irregularidades.

Ex-presidente da Coreia do Sul Lee Myung-Bak  23/05/2018 Chung Sung-Jun/Pool via Reuters
Ex-presidente da Coreia do Sul Lee Myung-Bak 23/05/2018 Chung Sung-Jun/Pool via Reuters
Foto: Reuters

Lee, que ocupou o cargo de 2008 a 2013, é o quarto ex-presidente da Coreia do Sul a ser preso. A sucessora dele, Park Geun-hye, foi para a prisão devido ao seu papel em outro escândalo de corrupção que causou sua queda no início de 2017 e que também levou à prisão o herdeiro do Grupo Samsung, Jay Y. Lee. 

Lee Myung-bak foi acusado de receber cerca de 10 milhões de dólares de fundos ilegais de instituições como a Samsung e seu próprio serviço de inteligência, o que aumentou as preocupações já existentes com os laços estreitos entre o governo e o empresariado sul-coreano.

O Tribunal do Distrito Central de Seul considerou Lee culpado de desfalcar 24,6 bilhões de wons (21,77 milhões de dólares) de uma montadora de veículos privada comandada por seu irmão e de aceitar suborno da Samsung e de outros, multando-o em 13 milhões de wons e impondo a pena de prisão.

"Tais ações de um presidente, o chefe de Estado e o líder do poder executivo, podem ser repudiadas severamente, já que não se limitam a violar a justiça e a integridade do cargo presidencial, mas minam a confiança em todos os cargos públicos", disse o juiz Chung Kye-sun.

Lee, de 76 anos, negou qualquer irregularidade, dizendo que a investigação que levou ao julgamento foi uma "vingança" de motivação política do atual presidente, Moon Jae-in, que assumiu prometendo uma faxina depois do escândalo Park e que já havia criticado Lee devido a um inquérito sobre o também ex-presidente Roh Moo-hyun.

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