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Tribunal chinês condena a 3 anos de prisão cientista que editou genes de bebês

30 dez 2019 - 10h26
(atualizado às 10h29)
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Um tribunal da China condenou a 3 anos de prisão o cientista que criou os primeiros bebês "editados geneticamente", nesta segunda-feira, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, depois de acusá-lo de praticar medicina ilegalmente.

Cientista chinês He Jiankui 
28/11/2018
REUTERS/Stringer
Cientista chinês He Jiankui 28/11/2018 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

He Jiankui, à época professor-assistente da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul de Shenzhen, disse em novembro de 2018 que usou uma tecnologia de edição genética conhecida como CRISPR-Cas9 para mudar os genes de gêmeas para impedir que elas fossem contaminadas com o vírus da Aids no futuro.

A reação negativa à ética de sua pesquisa e trabalho foi rápida e abrangente na China e no resto do mundo.

Ele e seus colaboradores forjaram materiais de revisão ética e recrutaram homens soropositivos que eram parte de um casal para realizar a edição genética. Por meio de seus experimentos, duas mulheres deram à luz três bebês editados geneticamente, de acordo com a Xinhua.

A corte emitiu penas menores contra Zhang Renli e Qin Jinzhou, que trabalharam em duas instituições médicas não identificadas, por terem conspirado com He no trabalho.

"Os três acusados não tinham a certificação apropriada para praticar medicina, e ao buscar fama e riqueza violaram deliberadamente regulamentos nacionais de pesquisa científica e tratamento médico", disse a corte, segundo a Xinhua.

"Eles cruzaram o limite da ética na pesquisa científica e na ética médica".

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