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Tribunal argentino condena dois ex-executivos da Ford por crimes contra humanidade durante ditadura

11 dez 2018 - 17h37
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Um tribunal argentino condenou dois ex-executivos de uma fábrica local da Ford Motor Co por participarem do sequestro de trabalhadores da companhia durante a ditadura do país na década de 1970, afirmou uma advogada das vítimas dos crimes nesta terça-feira.

Parentes de ex-trabalhadores de uma fábrica da Ford na Argentina após dois ex-executivos serem condenados durante um julgamento em Buenos Aires
11/12/2018
REUTERS/Bernardino Avila
Parentes de ex-trabalhadores de uma fábrica da Ford na Argentina após dois ex-executivos serem condenados durante um julgamento em Buenos Aires 11/12/2018 REUTERS/Bernardino Avila
Foto: Reuters

O caso diz respeito ao sequestro de 24 pessoas em 1976 que trabalhavam em uma fábrica da Ford nos arredores de Buenos Aires.

Os ex-executivos locais da Ford Pedro Muller e Hector Sibilla foram condenados a 10 e 12 anos de prisão, respectivamente, pelo envolvimento no sequestro e tortura dos trabalhadores, disse Elizabeth Gomez Alcorta, uma advogada que representa as vítimas, à Reuters.

A Argentina foi governada por uma ditadura militar entre os anos de 1976 a 1983.

A Ford Argentina disse em nota que não foi parte envolvida no processo e que cooperou inteiramente com os promotores.

Muller e Sibilla "forneceram os meios necessários" para agentes da ditadura identificarem membros importantes do sindicato que representava trabalhadores da fábrica "para que eles pudessem ser detido", segundo uma nota da agência oficial de informações do Judiciário da Argentina.

Questionado sobre os próximos passados, Tomas Ojea Quintana, outro advogado das vítimas, disse que eles estão avaliando processar a Ford Motor nos Estados Unidos.

"Está claro que a Ford Motor Company tinha controle da subsidiária argentina durante a década de 70. Portanto, há uma responsabilidade direta da Ford Motor Company e isso pode nos dar a possibilidade de levar o caso a tribunais dos EUA", disse ele.

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