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Testemunhas dizem que alarme não tocou em prédio que pegou fogo em Londres

14 jun 2017 - 07h02
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Testemunhas que presenciaram o incêndio na torre residencial Grenfell de Londres revelaram nesta quarta-feira à imprensa local que o alarme "não tocou" no edifício e que temeram que o incêndio fosse produto de um "atentado terrorista".

A torre residencial Grenfell, situada no bairro de Kensington, de 27 andares e 120 apartamentos, começou a pegar fogo por volta de 0h15 (horário local, 21h15 de terça-feira em Brasília), sem que se conheça ainda a causa do incidente, que deixou "vários mortos" e pelo menos 50 feridos hospitalizados em cinco hospitais da cidade.

Um dos moradores do local, Paul Munakr, que morava no sétimo andar e conseguiu escapar das chamas, lamentou à rede "BBC" que no momento em que o fogo começou não foi escutado dentro do prédio "o alarme de incêndio".

"Enquanto eu descia pelas escadas, já havia bombeiros, verdadeiramente incríveis, que subiam para o fogo, tentando tirar do prédio o maior número de pessoas possíveis", disse o homem.

Munakr relatou que o que o alertou foi o som das sirenes dos bombeiros e as pessoas que, da rua, gritavam: "Não saltem, não saltem".

"Sinceramente, não sei se houve pessoas que pularam pelas janelas para escapar do fogo, mas para mim, o principal neste incidente, é que os alarmes de incêndio não dispararam dentro do prédio", lamentou o morador.

Outra testemunha, Jody Martin, presenciou um dos moradores da torre "pular para a rua" de uma das janelas e como outra mulher "agarrava seu bebê pela parte de fora da janela".

"Eu gritava para eles que saíssem e eles me diziam que não podiam deixar seus apartamentos, que a fumaça era muito intensa nos corredores", acrescentou Jody.

O repórter da BBC Andy Moore disse como tinha visto "cair escombros do edifício, e tinha escutado explosões, e o som de vidro quebrando ao cair".

Segundo a sua versão, os policiais "empurravam as pessoas para afastá-los do cordão de segurança por temor a um colapso do prédio".

Muna Ali, outra moradora do bloco incendiado, reconheceu que no começo do incêndio temeu que pudesse se tratar de um "atentado terrorista", pois o fogo a lembrou do ataque contra as Torres Gêmeas de Nova York em 2003.

"As chamas, nunca vi nada assim, me lembrou o 11 de setembro. O fogo começou nos apartamentos da frente e se espalhou com muita rapidez", explicou Muna.

A mulher disse que alguém avisou para amigos que viviam no quarto andar do prédio, um casal com três filhos, para que pudessem escapar.

"Algumas pessoas chamavam nas portas, mas as pessoas não abriam", afirmou Muna.

EFE   
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