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Suspeito de ataque incendiário no Japão é jogador de videogame recluso e briguento, diz vizinho

21 jul 2019 - 14h36
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O homem suspeito de matar 34 pessoas em um ataque incendiário no Japão morava sozinho, a centenas de quilômetros do estúdio Kyoto Animation, jogava videogame sem parar e "assustou" seus vizinhos apenas alguns dias antes. 

No fim do sábado, a polícia emitiu um mandado de prisão contra Shinji Aoba, 41 anos, suspeito de causar o maior assassinato em massa do Japão em duas décadas na quinta-feira, quando ele foi ao estúdio, no oeste do Japão, despejou combustível em volta da entrada e gritou "Morra" enquanto colocava fogo no prédio, segundo a emissora pública de televisão japonesa NHK. 

O plano é prender Aoba, que sofreu queimaduras sérias e no sábado foi levado ao hospital universitário para tratamento, assim que ele se recuperar, disse a NHK. 

A polícia afirmou que Aoba já havia sido condenado por roubar uma loja. 

Aoba vivia sozinho no térreo de um apartamento com dois andares nos arredores de Omiya, subúrbio de Tóquio e aproximadamente 500 quilômetros ao leste de Kyoto.

Seu vizinho de porta lembra Aoba como alguém rechonchudo e despenteado, com pele danificada. Ele operava em horas estranhas e mal conversava com os outros.

"Eu nunca o vi sair durante o dia, nem mesmo para a loja de conveniência. Eu o ouvia com frequência saindo por volta da meia-noite", disse o vizinho, um homem de 27 anos que se recusou a ser identificado, à Reuters. 

Barulho de videogame era ouvido do apartamento de Aoba a toda hora, disse o vizinho, acrescentando que houve reclamações dos moradores sobre o assunto no ano passado.

Em 14 de julho, dias antes do ataque, Aoba agarrou e ameaçou o vizinho por causa de um aparente mal-entendido. Tudo começou quando Aoba começou a bater na parede para reclamar de barulho, disse o vizinho.

Quando o vizinho foi até a porta da frente de Aoba para dizer que o barulho vinha de outra unidade, ele ouviu um gemido alto no interior do apartamento e então a porta se abriu.

"Quando ele saiu de seu apartamento, seus olhos estavam vermelhos e ele começou a gritar comigo na minha cara para calar a boca", disse o vizinho.

"Ele me agarrou pelo colarinho e começou a puxar meu cabelo. Foi aterrorizante."

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
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