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Surto de coronavírus na Itália contamina 51 pessoas e mata duas

22 fev 2020 - 16h01
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Um surto do novo coronavírus matou duas pessoas e contaminou outras 51 no norte da Itália, forçando as autoridades a proibir eventos públicos e as empresas a deixar seus funcionários em áreas afetadas ficarem em casa. 

Uma mulher de 77 anos que foi encontrada morta em sua casa a 50 km ao sul de Milão, na quinta-feira, testou positivo para o coronavírus, afirmou um político local, neste sábado, depois de um homem de 78 anos morrer da infecção perto de Pádua durante a noite. 

A esposa e a filha do homem estão entre as 12 pessoas infectadas pelo coronavírus na região do Vêneto. A Itália é o país mais afetado da Europa, com a maioria dos casos concentrada na Lombardia, coração financeiro e industrial do país. 

O assessor regional de Bem-Estar, Giulio Gallera, afirmou a repórteres que o epicentro do surto foi Codogno, pequena cidade ao sudoeste de Milão, onde o primeiro paciente infectado da Lombardia foi tratado. 

O paciente era um homem de 38 anos, que ficou doente após se encontrar com um amigo que havia visitado a China. Sua condição está estável, afirmaram as autoridades. 

"Todos que testaram positivo são pessoas que, entre 18 e 19 de fevereiro, entraram em contato com a sala de emergência e o hospital de Codogno", afirmou Gallera, acrescentando que 259 pessoas foram rastreadas na região nos últimos dois dias e 35 testaram positivo. 

"Uma taxa de contágio de 13% é bem forte", disse.

Por volta de 50 mil moradores em Codogno e nas cidades próximas foram aconselhados a permanecer dentro de casa. 

Reuniões em público, incluindo as missas de domingo e partidas de futebol, foram suspensas, e escolas e lojas, fechadas. 

Medidas similares foram adotadas na pequena cidade de Vo' Euganeo, no Vêneto, local onde a vítima masculina vivia e entre as regiões mais afetadas. O governador regional Luca Zaia disse que sua administração estava considerando suspender os eventos de Carnaval em Veneza. 

No sábado, o comitê do MIDO disse que a emergência do coronavírus o levou a adiar para o fim de maio a maior feira de óculos do mundo, que deveria ser realizada em Milão daqui a uma semana. 

A Itália foi o primeiro país da zona do euro a suspender todos os voos diretos para e da China, após dois turistas chineses de Wuhan testarem positivos em Roma, no fim de janeiro. 

O primeiro-ministro Giuseppe Conte afirmou no sábado que o governo estava pronto para considerar outras medidas. 

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