Suposta espiã russa se declara culpada nos EUA
Maria Butina é acusada de se infiltrar em grupos republicanos
A espiã russa Maria Butina, presa por espionagem em julho, se declarou culpada por conspiração durante audiência nesta quinta-feira (13) em um tribunal de Washington, nos Estados Unidos.
Butina foi acusada de se infiltrar em grupos republicanos e fazer amizade com líderes da Associação Nacional do Rifle durante a campanha eleitoral para presidência de 2016. O objetivo dela era persuadir os políticos a satisfazer os interesses de Moscou. Na audiência, a russa concordou em colaborar com as autoridades federais norte-americanas depois de ter feito um acordo com a promotoria. No entanto, Butina permanecerá detida enquanto não recebe sua sentença, que pode ser uma pena de até 15 anos de prisão. O caso, que é separado do investigado pelo procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa na eleição presidencial de 2016, ofereceu uma visão de como Moscou tentou influenciar a política dos Estados Unidos.
Aos 30 anos, Butina foi detida no dia 16 de julho, apesar de ter insistido ser inocente. Em seu depoimento, ela disse que agiu "sob a direção de" uma autoridade russa identificada pela "CNN" como Alexander Torshin, vice-diretor do Banco Central da Rússia.
"A Butina procurou estabelecer linhas de comunicação não oficiais com os americanos tendo poder e influência sobre a política dos EUA", disse o promotor do tribunal.
Com o acordo, a suposta espiã concordou em "entregar qualquer evidência de crimes de que estivesse ciente, apresentar uma contabilidade completa de seus ativos financeiros, além de dar seu testemunho. Uma audiência foi marcada para fevereiro para discutir uma data para condenação.