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Suíça aprova criminalização de cobertura facial com votação da "proibição da burca"

7 mar 2021 - 15h59
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Um proposta da extrema direita para proibir rostos cobertos na Suíça venceu por uma pequena margem em um referendo de caráter obrigatório neste domingo, instigada pelo mesmo grupo que organizou a proibição de 2009 contra novos minaretes.

A medida de emenda à Constituição da Suíça passou por 51,2% a 48,8%, segundo resultados provisórios oficiais.

A proposta sob o sistema suíço de democracia direta não menciona o Islã diretamente e também busca impedir que manifestantes que participam de protestos violentos usem máscaras. No entanto, políticos locais, imprensa e ativistas a chamaram de "proibição da burca".

"Na Suíça, nossa tradição é mostrar o rosto. É um sinal de nossas liberdades básicas", disse Walter Wobmann, presidente do comitê do referendo e membro do Parlamento pelo Partido do Povo da Suíça, antes da votação.

Ele chamou o ato de cobrir o rosto de "um símbolo desse Islã extremo e político que se tornou cada vez mais proeminente na Europa e que não tem espaço na Suíça".

O Conselho Central de Muçulmanos na Suíça classificou a votação como um dia obscuro para a comunidade.

"Essa decisão abre velhas feridas, amplia ainda mais os princípios de desigualdade legal e envia um sinal claro da exclusão da minoria muçulmana", afirmou.

O Conselho prometeu ações legais contra leis que implementem a proibição e uma arrecadação de fundos para ajudar mulheres que forem multadas.

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