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Sob ameaças de Trump, ONU vota resolução sobre Jerusalém

Entidade deve condenar reconhecimento dos EUA dado a Israel

21 dez 2017 - 12h26
(atualizado às 12h51)
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Conselho de Segurança da ONU
Conselho de Segurança da ONU
Foto: Getty Images

A Assembleia das Nações Unidas se reúne nesta quinta-feira (21) para desafiar os Estados Unidos e aprovar uma resolução que condena a decisão da administração de Donald Trump sobre o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.

O anúncio do magnata, ocorrido em 6 de dezembro, causou críticas de aliados históricos dos norte-americanos e aumentou para níveis extremos a tensão no Oriente Médio.

Segundo prognósticos, mais de 150 dos 193 países-membros devem se manifestar contra a decisão. O texto, que foi apresentado pela Turquia e pelo Iêmen, é praticamente igual àquele apresentado pelo Egito e rejeitado pela embaixadora norte-americana, Nikki Haley, durante votação no Conselho de Segurança.

O documento pede que todos os Estados respeitem as precedentes resoluções do Conselho de Segurança, 10 ao todo desde 1967, segundo as quais o "status final de Jerusalém" deve ser decidido apenas no âmbito das negociações diretas entre israelenses e palestinos. O texto afirma que qualquer outra decisão sobre o tema deve ser considerada "não válida".

Ontem (20), Trump informou que "anotaria os nomes" de cada um que votasse contra o país, em uma clara ameaça de retaliação por parte dos norte-americanos.

Hoje, o premier israelense, Benjamin Netanyahu, chamou a ONU como a "casa de mentiras" .

"A cidade é a capital de Israel, quer a ONU reconheça ou não.

Foram necessários 70 anos antes que os EUA a reconhecessem como tal, e levarão anos também para a ONU fazer isso", disse o premier durante a inauguração de um hospital.

"Jerusalém é a nossa capital e continuaremos a construir. E as embaixadas dos países estrangeiros, a começar pelos EUA, serão transferidas para essa cidade. Escrevam o que digo porque é o que vai acontecer", acrescentou ainda.

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