Sindicatos mantêm greve na França apesar de concessões
Governo de Macron busca diálogo sobre reforma da Previdência
Os sindicatos da França negaram a possibilidade de realizar uma "trégua de Natal" e afirmaram que a greve contra a reforma da Previdência apresentada pelo presidente Emmanuel Macron continuará. "A greve continua e lamentamos porque não havíamos previsto desta maneira. Percebemos que o governo não dá o braço a torcer e isto vai durar algum tempo. Não haverá trégua de Natal, exceto se o governo encontrar a razão", afirmou o secretário-geral do sindicato CGT, Laurent Brun, em declarações à rádio France Info.
Ontem (12), a cidade de Paris entrou em seu oitavo dia de paralisação nos serviços de transportes e de protestos. Uma grande manifestação foi realizada no porto de Le Havre, na capital francesa, e em Marselha. Além disso, outra mobilização nacional foi convocada para o próximo dia 17 de dezembro. Momentos de tensão também foram registrados em Nantes, onde as autoridades precisaram utilizar gás lacrimogêneo para bloquear um grupo de manifestantes.
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Os atos estão sendo organizados desde que o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, anunciou a proposta de reforma da Previdência, que tem como objetivo substituir os atuais 42 regimes existentes. Em meio aos protestos, o governo francês chegou a anunciar algumas concessões, mas não foram consideradas suficientes pelos sindicatos que prometeram manter as manifestações até que o projeto seja suspenso. Os sindicatos alegam que a proposta obrigará os franceses a trabalhar por mais tempo para receber uma pensão com valor menor do que o vigente.
