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Sergio Lepri, histórico diretor da ANSA, morre aos 102 anos

Jornalista foi diretor da agência italiana entre 1962 e 1990

20 jan 2022 - 08h05
(atualizado às 08h14)
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O jornalista italiano Sergio Lepri, histórico diretor da ANSA, morreu nesta quinta-feira (20), aos 102 anos de idade.

Sergio Lepri recebeu diversas premiações ao longo da carreira
Sergio Lepri recebeu diversas premiações ao longo da carreira
Foto: Ansa / Ansa - Brasil

Natural de Florença, Lepri é formado em filosofia e lecionou em algumas escolas públicas na Itália. Ele chegou ao jornalismo após ter dirigido o jornal "A Opinião" entre os anos de 1943 e 1944, durante a ocupação alemã.

Jornalista profissional desde 1946, Lepri recebeu várias premiações e honrarias ao longo da carreira, principalmente por suas investigações nos Estados Unidos e na União Soviética. Entre os já conquistados pelo italiano estão os prêmios "Marzotto" (1953) e "São Vicente" (1956).

Após passar por alguns outros jornais italianos, Lepri ingressou na ANSA em 1960 e foi nomeado codiretor em 1961 e diretor no mês de janeiro de 1962, tendo permanecido neste cargo até 1990.

"Sergio Lepri nos deixou, um grande jornalista e diretor de nossa agência de 1962 a 1990. Quando me contratou, me disse: 'não pergunte em quem você vota, não me diga pelo que você escreve'. Para um jornalista esta é a lição mais importante. Obrigado", escreveu Luigi Contu, diretor da agência italiana.

Para comemorar os 100 anos do jornalista, em 24 de setembro de 2019, a ANSA organizou um fórum que contou com as participações de Lepri, Contu e do presidente da agência, Giulio Anselmi, que também foi diretor de 1997 a 1999.

Lepri, que foi porta-voz e chefe de imprensa do ex-primeiro-ministro italiano Amintore Fanfani (1908-1999), escreveu diversos livros e foi professor de 1988 a 2004 da escola de jornalismo Luiss.

"Sergio Lepri foi um dos maiores jornalistas italianos, um exemplo brilhante de um jornalismo direto e rigoroso que nunca deve sair de moda, mas sim servir de inspiração para as novas gerações", disse Dario Nardella, prefeito de Florença. .

Ansa - Brasil   
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