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Senado dos EUA aprova projeto de lei de US$430 bi para combater mudanças climáticas, cortar preços de medicamentos

7 ago 2022 - 16h39
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O Senado dos Estados Unidos aprovou neste domingo um projeto de lei de 430 bilhões de dólares destinado a combater as mudanças climáticas, reduzir os preços dos medicamentos e aumentar alguns impostos corporativos, uma grande vitória para o presidente Joe Biden. Democratas também esperam que o tal desfecho aumente suas chances de manter controle do Congresso nas eleições deste ano.

Após uma maratona, com dois dias de debates no fim de semana e esforços republicanos para inviabilizar o pacote, o Senado aprovou a legislação conhecida como "Lei de Redução da Inflação", por 51 votos a 50, com a vice-presidente Kamala Harris desempatando a votação.

O texto agora segue para a Câmara dos Deputados para uma votação prevista para sexta-feira que pode encaminhá-la, por sua vez, à Casa Branca para a sanção de Biden.

"Agora é a hora de avançar com um pacote grande e ousado para o povo norte-americano", disse o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, no início do debate na noite de sábado.

Ele disse que a legislação contém "o pacote de energia limpa mais ousado da história norte-americana" para combater as mudanças climáticas, reduzindo os custos de consumo de energia e alguns medicamentos.

Os democratas receberam duros ataques dos republicanos sobre os 430 bilhões de dólares em novos gastos e cerca de 740 bilhões de dólares em novas receitas do projeto.

No entanto, os democratas esperam que sua aprovação, antes do recesso de agosto, ajude os candidatos democratas à Câmara e ao Senado nas eleições de meio de mandato de 8 de novembro, em um momento em que Biden sofre com índices anêmicos de aprovação pública em meio à inflação elevada.

O projeto de lei visa reduzir as emissões de carbono e mudar os consumidores para a energia verde, ao mesmo tempo em que reduz os custos dos medicamentos prescritos para os idosos e reforça a fiscalização dos impostos para empresas e ricos.

Como a medida se paga e reduz o déficit federal ao longo do tempo, os democratas afirmam que ajudará a reduzir a inflação, um passivo econômico que também pesou em suas esperanças de manter o controle legislativo no período que antecede a eleição presidencial de 2024.

Os republicanos, argumentando que o projeto de lei não abordará a inflação, denunciam a medida como uma lista de desejos de gastos da esquerda que mata empregos e pode prejudicar o crescimento quando a economia corre o risco de entrar em recessão.

Os democratas aprovaram o projeto de lei usando uma manobra parlamentar chamada "reconciliação", que permitiu a aprovação do projeto por maioria simples.

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