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Secretário de Justiça dos EUA, Jeff Sessions, dribla críticas de Trump

20 jul 2017 - 15h51
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O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Jeff Sessions, evitou comentar críticas acentuadas do presidente Donald Trump por seu afastamento da investigação do Departamento de Justiça sobre a Rússia, dizendo que ama seu trabalho e planeja continuar atuando.

Jeff Sessions concede entrevista em Washington
 20/7/2017    REUTERS/Aaron P. Bernstein
Jeff Sessions concede entrevista em Washington 20/7/2017 REUTERS/Aaron P. Bernstein
Foto: Reuters

"Amamos este trabalho, amamos este departamento, e planejo continuar fazendo isto enquanto for apropriado", disse Sessions em entrevista coletiva nesta quinta-feira, quando anunciou uma operação contra crimes cibernéticos.

Sessions estava cercado pelo vice-secretário de Justiça, Rod Rosenstein, e o diretor do FBI em exercício, Andrew McCabe, que também foram criticados pelo presidente em uma entrevista ao New York Times na quarta-feira.

Trump fez uma ampla crítica às principais autoridades de segurança de seu governo na entrevista, dizendo que não teria nomeado Sessions como secretário de Justiça se soubesse que ele iria se abster da investigação sobre a Rússia. O presidente republicano também destacou as raízes de Rosenstein em Baltimore, de maioria democrata, e que a esposa de McCabe recebeu dinheiro de um líder democrata durante uma campanha política.

O ataque público aconteceu após seis meses turbulentos na Presidência, durante os quais Trump demitiu o assessor de segurança nacional Michael Flynn e o diretor do FBI James Comey, que à época era a autoridade mais alta liderando a investigação sobre se a Rússia interferiu na eleição presidencial de 2016 e possíveis laços com a campanha de Trump.

Sessions se afastou em março da investigação criminal sobre a Rússia. Ele fez isso após não revelar em sua audiência de confirmação que tinha participado de encontros no ano passado com o embaixador da Rússia.

"Sessions nunca deveria ter se afastado e se ele fosse se afastar, ele deveria ter me contado antes de assumir o cargo e eu teria escolhido outra pessoa", disse Trump segundo o Times.

Sessions foi o primeiro apoiador de Trump no Senado norte-americano e ajudou a moldar sua equipe política durante a campanha e período de transição após a eleição de 8 de novembro.

Ele se negou nesta quinta-feira a reconhecer as críticas de Trump.

"Eu tenho a honra de servir como secretário de Justiça. É algo que vai além de qualquer pensamento que eu teria para mim", disse Sessions.

Semelhantemente, Rosenstein, perguntado sobre os comentários de Trump de que há poucos republicanos em Baltimore, se negou a comentar. "Estive orgulhoso em estar aqui ontem, estou orgulho de estar aqui hoje, estarei orgulhoso de trabalhar aqui amanhã", disse.

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