Santa Sé não teme fim de acordo com China, diz ministra de Taiwan
Nomeação de bispos deve continuar como tema religioso
O Vaticano informou o governo de Taiwan que "não teme" problemas na renovação do acordo com a China sobre a nomeação de bispos porque essa é uma questão relativa "à religião e não diplomática", destacou a ministra das Relações Exteriores local, Joanne Ou, nesta terça-feira (15).
"Nós continuamos a receber a garantia do Vaticano de que o acordo sobre os bispos tem natureza religiosa, não há relações diplomáticas e, por isso, não há com o que se preocupar", ressaltou Ou em um coletiva de imprensa publicada pela agência oficial de notícias CNA.
A representante explicou ainda que seu governo mantém "relações fluidas" com a Santa Sé e que está acompanhando de perto essa negociação com Pequim. Atualmente, o Vaticano é o único país europeu considerado aliado pelo governo de Taipei.
O acordo com a China vence no mês de outubro deste ano, após dois anos de vigência, e devolve à Igreja Católica o poder de nomear bispos para as dioceses chinesas. Antes do pacto, os religiosos que lideravam as entidades eram escolhidos à revelia do Papa.
China e Santa Sé romperam as relações diplomáticas em 1951 após a cidade-Estado reconhecer a independência de Taiwan, que Pequim ainda considera como parte de seu território. .