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Sánchez aceita mandato para formar governo em meio a Parlamento fragmentado na Espanha

11 dez 2019 - 20h51
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O primeiro-ministro interino da Espanha, Pedro Sánchez, disse nesta quarta-feira que aceitou o mandato do rei para tentar formar um governo e começará a contactar outros partidos a partir da semana que vem para obter apoio em um Parlamento amplamente fragmentado.

Rei Felipe (à direita) cumprimenta o primeiro-ministro interino, Pedro Sánchez
11/12/2019
Kiko Huesca/Pool via REUTERS
Rei Felipe (à direita) cumprimenta o primeiro-ministro interino, Pedro Sánchez 11/12/2019 Kiko Huesca/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

"Os espanhóis estão fartos de brigas e ódio, eles querem acreditar na política de novo", disse Sánchez, do Partido Socialista, a repórteres. "Eles querem consenso e estabilidade."

O processo ainda deve levar algumas semanas antes de que um novo governo possa ser votado pelo Parlamento.

Sánchez disse que iniciará as conversas na segunda-feira em todo o espectro político, com conversas com o líder do conservador Partido Popular, Pablo Casado, assim como o Ciudadanos, de centro-direita.

O premiê interino também entrará em contato com os líderes regionais do país, enquanto uma autoridade do Partido Socialista foi encarregada de contactar outros partidos em busca de apoio.

Desde 2015 as eleições nacionais na Espanha têm resultado em Parlamentos sem maioria, forçando o vencedor a negociar apoio de outras legendas para formar governo.

Liderados por Sánchez, os socialistas têm lutado para obter apoio desde sua vitória na eleição de 10 de novembro, mas têm ficando um pouco aquém de uma maioria.

Apenas dois dias após a eleição, Sánchez anunciou um acordo preliminar de coalizão com o Unidas Podemos, de extrema esquerda. Mas juntos os partidos têm 155 cadeiras, menos que as 176 cadeiras necessárias para a maioria no Parlamento de 350 cadeiras.

A falta de assentos deixou Sánchez e seu partido cortejando o partido separatista catalão ERC, cujos 13 assentos oferecem ao partido a chance de desempenhar o papel de potencial fiador do governo.

A ERC --cujo líder Oriol Junqueras foi condenado a 13 anos de prisão no início deste ano por causa da fracassada tentativa de independência da Catalunha em 2017-- aproveitou a oportunidade.

Quando as negociações começaram no mês passado, a ERC estabeleceu uma lista de demandas, incluindo o diálogo incondicional entre os governos espanhol e regional da Catalunha e uma garantia de que quaisquer compromissos assumidos serão cumpridos.

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