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San Marino expressa 'plena confiança' na eficácia da Sputnik V

Campanha de vacinação garantiu a desaceleração do contágio

29 abr 2021 - 15h02
(atualizado às 15h23)
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As autoridades sanitárias da República de San Marino, enclave situado no norte da Itália, expressaram nesta quinta-feira (29) sua "total confiança na segurança e eficácia da vacina russa Sputnik V", já em uso na população local para conter a pandemia do novo coronavírus Sars-CoV-2.

Das 19.773 pessoas vacinadas com 1ª dose, 17.564 receberam a Sputnik
Das 19.773 pessoas vacinadas com 1ª dose, 17.564 receberam a Sputnik
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Em comunicado, o Instituto de Segurança Social (ISS) explicou que o uso do imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya foi feito "em cerca de 90% dos casos" e provocou uma queda repentina nos números de infecções um mês após o início da administração da vacina, em 1º de março.

A campanha de vacinação garantiu a desaceleração do contágio, apesar de a região apresentar, em meados de fevereiro, uma elevada presença da chamada "variante britânica".

Atualmente, das 19.773 pessoas vacinadas com a primeira dose em San Marino, 17.564 receberam a Sputnik V.

"Como mais uma confirmação da segurança e eficácia das vacinas utilizadas na campanha de vacinação, o ISS lançou dois estudos, um com o Instituto Lazzaro Spallanzani em Roma, em fase de aprovação pela Comissão de Bioética de San Marino, e um segundo estudo, com a Universidade de Bolonha, com o objetivo de avaliar a eficácia e segurança da campanha de vacinação", explica a nota.

A pesquisa contará com mais de 2,5 mil participantes que foram vacinados com o imunizante russo. O objetivo é detectar quaisquer efeitos colaterais relatados por imunizados até um ano depois.

O anúncio de San Marino é feito para recomendar as doses da Sputnik V para todos os cidadãos e acontece dias depois que o pedido para importação do imunizante anti-Covid russo para o Brasil foi rejeitado de forma unânime pelos cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O órgão regulador brasileiro alegou problemas de ordem técnica e científica e constatou a presença de adenovírus replicante na composição da vacina, o que poderia acarretar riscos à saúde.

Os fabricantes do fármaco russo, por sua vez, afirmaram que a decisão da Anvisa de barrar o uso do imunizante é de "natureza política". Além disso, eles ameaçaram processar por difamação a agência brasileira.

"A Sputnik V está iniciando um processo judicial de difamação no Brasil contra a Anvisa por espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente", anunciaram no Twitter os desenvolvedores da vacina, acrescentando que a "Anvisa fez declarações incorretas e enganosas sem ter testado" o imunizante.

De acordo com o comunicado do ISS, "a segurança e eficácia do Sputnik V foram comprovadas por 61 reguladores em países onde a vacina foi autorizada em uma população total de mais de 3 bilhões de pessoas". "O 'estudo do mundo real' na Rússia após a vacinação de 3,8 milhões de pessoas demonstrou a eficácia do Sputnik V em 97,6%", lembra o texto.

Ansa - Brasil   
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