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Salvini e Berlusconi divergem sobre aliança com M5S

No entanto, Liga não precisa do Força Itália para fechar acordo

14 mar 2018 - 15h37
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A coalizão conservadora vencedora das eleições de 4 de março na Itália deu alguns sinais de divergência nesta quarta-feira (14) sobre uma possível aliança com o partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) para formar o novo governo.

Salvini e Berlusconi divergem sobre aliança com M5S
Salvini e Berlusconi divergem sobre aliança com M5S
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Matteo Salvini, líder da Liga Norte, o partido mais votado dentro da coalizão, e postulante ao cargo de primeiro-ministro, voltou a mostrar abertura para negociar com o M5S, enquanto Silvio Berlusconi, presidente do Força Itália (FI), apontou para a direção oposta.

"Não interessa quem vence. Temos um programa, e quem quer que aceite governar conosco deve se empenhar em abolir a Lei Fornero [a reforma da Previdência italiana], reduzir os impostos para 15% e tornar a Itália mais federal e menos burocrática. Se houver outras sugestões a partir desse pressuposto, ficaremos contentes em acolhê-las. Sobre nomes e cargos, não há preconceitos, me interessa o projeto", afirmou Salvini.

Ele respondia a jornalistas sobre uma possível disputa com Luigi Di Maio, líder do M5S, o partido mais votado individualmente nas eleições, pela cadeira de primeiro-ministro no caso de uma aliança. 

Por sua vez, Berlusconi foi abordado enquanto chegava à Câmara dos Deputados, em Roma, para uma reunião e questionado se havia "aberto a porta" para o M5S. "Sim, abri a porta para expulsá-los", afirmou o ex-premier.

No entanto, o fato é que Salvini não precisa de Berlusconi para se aliar a Di Maio: juntos, Liga e M5S teriam maioria nas duas câmaras do Parlamento, ainda que estreita. "Hoje a Alemanha ganhou um novo governo depois de seis meses. Acho que precisaremos de menos tempo", declarou o líder do movimento antissistema.

As consultas com o presidente Sergio Mattarella só devem começar no fim de março, mas os partidos já negociam nos bastidores para definir o novo governo italiano, que substituirá o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda.

Ansa - Brasil   
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