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Salvini diz estar pronto para dialogar com M5S sobre acordo

No entanto, Luigi Di Maio insiste em novas eleições

2 mai 2018 - 09h20
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O secretário da legenda ultranacionalista Liga, Matteo Salvini, anunciou nesta quarta-feira (2) que quer fazer "tudo" para tentar formar um governo na Itália, mas está pronto para iniciar um diálogo com o Movimento 5 Estrelas (M5S) para avaliar algumas mudanças.

Salvini diz estar pronto para dialogar com M5S sobre acordo
Salvini diz estar pronto para dialogar com M5S sobre acordo
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Eu farei todo o possível, até o último minuto, para dar um governo que dura cinco anos para os italianos, para cuidar da emergência do país que é o trabalho", disse Salvini, que integra a coalizão de direita junto com o Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

O ultranacionalista ainda afirmou que está disponível nesta tarde, quando e onde o líder do M5S, Luigi Di Maio, quiser para iniciar uma rodada de negociações.

"Estamos dispostos a tomar a lei eleitoral atual e colocar um prêmio de maioria que garante a quem tem mais voto [o direito de] governar. Nós não queremos perder dois anos de tempo, a única mudança possível é de aproveitar esta lei eleitoral", acrescentou Salvini.

No entanto, Di Maio insiste na proposta de ambos solicitarem ao presidente Sergio Mattarella a convocação de novas eleições gerais em junho deste ano, hipótese que o mandatário italiano tenta evitar a todo custo, já que as urnas não mudariam radicalmente a composição atual do Parlamento.

"Não é possível mudar qualquer governo com Berlusconi e o centro direita. Salvini mudou de ideia e fez uma reverência a ele somente pelos assentos. Vamos direto ao voto!", escreveu Di Maio no Twitter.

Na segunda-feira (30), o líder do M5S fez dura crítica aos partidos italianos que desde as eleições de 4 de março não conseguiram chegar a um acordo para a formação do governo. O acordo entre M5S-Liga fracassou porque o partido antissistema, dono de um terço do Parlamento, se recusa a governar ao lado de Berlusconi, um dos pilares da aliança conservadora, que detém 42% dos assentos na Câmara e no Senado.

Ansa - Brasil   
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