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Rússia prefere aguardar contagem final de votos nos EUA antes de parabenizar presidente eleito

9 nov 2020 - 08h38
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O Kremlin informou nesta segunda-feira que esperaria pelos resultados oficiais da eleição presidencial dos Estados Unidos antes de comentar sobre o resultado, e que tomou nota do anúncio do presidente em exercício, Donald Trump, a respeito de contestações legais relacionadas à votação.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante teleconferência em Moscou
06/11/2020 Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante teleconferência em Moscou 06/11/2020 Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS
Foto: Reuters

O presidente Vladimir Putin permaneceu em silêncio sobre o assunto desde que o democrata Joe Biden conquistou a Presidência dos EUA no sábado, quatro dias após a eleição de 3 de novembro, atingindo o mínimo de 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para ganhar a Casa Branca.

Ao longo da corrida presidencial, Putin pareceu evitar suas apostas, franzindo a testa para a retórica anti-russa de Biden, mas recebendo bem seus comentários sobre o controle de armas nucleares. Putin também defendeu o filho de Biden, Hunter, contra as críticas de Trump.

Falando a repórteres em uma teleconferência, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta segunda-feira que Moscou achou melhor esperar antes de parabenizar alguém.

"Achamos apropriado esperar pela contagem oficial dos votos", afirmou Peskov.

Questionado sobre por que, em 2016, Putin deu os parabéns a Trump logo depois que ele teve a vitória projetada e derrotou a democrata Hillary Clinton, Peskov disse que havia uma diferença óbvia desta vez.

"Vocês podem ver que existem certos procedimentos legais que foram anunciados pelo atual presidente. É por isso que as situações são diferentes e, portanto, achamos apropriado esperar por um anúncio oficial", respondeu Peskov.

Ele pontuou que Putin disse repetidamente que estava pronto para trabalhar com qualquer líder dos EUA e que a Rússia esperava poder estabelecer um diálogo com um novo governo dos EUA, além de encontrar uma maneira de normalizar as problemáticas relações bilaterais.

"O presidente Putin disse repetidamente que mostrará respeito por qualquer escolha que o povo americano fizer", disse Peskov.

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