Rússia inclui jornalista italiana em lista de procurados
Battistini é acusada de entrar ilegalmente no território do país
A Rússia incluiu nesta quinta-feira (12) a correspondente internacional da emissora pública RAI, Stefania Battistini, em uma lista de pessoas procuradas pelas autoridades do país.
De acordo com a agência Tass, citando o Ministério do Interior de Moscou, a italiana é acusada de ter entrado ilegalmente na região de Kursk para cobrir o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Outros jornalistas ocidentais também são procurados pela mesma acusação, entre eles Simon Connolly (Deutsche Welle), Nick Walsh (CNN) e as ucranianas Natalia Nagornaya, Diana Butsko e Olesya Borovik.
A mídia russa afirmou que a entrada ilegal em território russo acarreta em uma pena de até cinco anos de prisão.
"Mandei chamar o embaixador da Rússia na Itália para expressar a nossa surpresa pela decisão singular de Moscou de incluir a jornalista Battistini na lista de procurados emitida pelo Ministério do Interior", informou o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani.
A RAI, por sua vez, declarou que a medida das autoridades russas é um "ato de violação da liberdade de informação", pois a profissional e o operador Simone Traini "realizaram o seu trabalho como testemunhas dos acontecimentos de forma exemplar e objetiva". .