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Restrições a eleitores nos EUA decepcionaria Martin Luther King, diz filha do ativista

12 jan 2022 - 16h20
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A filha de Martin Luther King Jr. acredita que o líder pela luta pelos direitos civis, assassinado na década de 1960, ficaria decepcionado com as iniciativas em algumas partes dos Estados Unidos para restringir o direito ao voto.

"O que está acontecendo agora não iria surpreendê-lo, mas decepcioná-lo", disse Bernice King, que é diretora-executiva do Centro King para a Mudança Social não-violenta em Atlanta.

Bernice King fez os comentários enquanto o presidente Joe Biden visita a terra natal de seu pai, Atlanta, para reanimar as iniciativas pela reforma da legislação eleitoral dos EUA, após a criação de novas leis estaduais que, segundo ativistas, irão impedir o acesso de eleitores negros às urnas.

Biden busca reviver a iniciativa enquanto os democratas se preparam para duras eleições de meio de mandato em 2022, que podem retirar a maioria em ambas as Casas do Congresso e com isso qualquer chance de alterar leis eleitorais.

O ex-presidente Donald Trump continua dizendo que as eleições de 2020 foram roubadas pelos democratas por fraude eleitoral, apesar de recontagens e investigações que não encontraram evidências para apoiar a acusação. Desde então, parlamentares republicanos em 19 Estados aprovaram dezenas de leis que dificultam a votação. 

Bernice King vê a onda recente de condenações nos casos George Floyd e Ahmaud Arbery como "uma mudança nas marés", e acrescentou que elas não seriam possíveis sem o trabalho de promotores distritais justos.

"É por isso que votar é essencial, é algo que está na raiz da nossa democracia, nossa voz, nosso voto", disse.

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