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Renzi deixa coalizão e abre crise política na Itália

13 jan 2021 - 16h54
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O ex-premiê da Itália Matteo Renzi disse nesta quarta-feira que estava retirando os ministros de seu partido do gabinete, privando a coalizão governista de sua maioria parlamentar e causando novo caos político enquanto o país enfrenta uma nova onda da Covid-19.

Matteo Renzi dá entrevisra coletiva
13/01/2021
Alberto Pizzoli/Pool via REUTERS
Matteo Renzi dá entrevisra coletiva 13/01/2021 Alberto Pizzoli/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Renzi, que dirige o pequeno partido "Italia Viva", há muito ameaçava deixar o governo, criticando os planos do primeiro-ministro, Giuseppe Conte, de gastar bilhões de euros prometidos pela União Europeia para retomar a economia.

"Ser responsável é enfrentar os problemas, não escondê-los", disse Renzi, que pode enfrentar uma reação popular por desencadear uma crise em um momento tão difícil.

Horas antes, Conte havia feito um último apelo a Renzi para que permanecesse na coalizão de quatro partidos, que tomou posse em agosto de 2019, dizendo que estava convencido de que a unidade do governo poderia ser restaurada se houvesse boa vontade de todos os lados.

Não estava claro de imediato o que Conte, ou seus principais aliados, o "Movimento 5 estrelas" e o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, farão.

Um possível cenário seria os partidos da coalizão tentarem renegociar um novo pacto com o "Italia Viva", o que quase certamente abriria o caminho para uma grande remodelação do gabinete, com ou sem Conte no comando.

Se a coalizão não conseguir chegar a um acordo sobre um caminho a seguir, o presidente italiano, Sergio Mattarella, quase certamente tentará formar um governo de unidade nacional para lidar com a emergência de saúde, que matou 80.000 italianos.

Se isso falhar, a única opção seria uma eleição nacional.

Renzi disse a repórteres que achava que as eleições poderiam ser evitadas, dizendo que tinha certeza de que uma maioria poderia ser encontrada no parlamento para apoiar um novo governo.

Renzi disse a repórteres que avaliava que as eleições poderiam ser evitadas, dizendo que tinha certeza de que uma maioria poderia ser encontrada no Parlamento para apoiar um novo governo.

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