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Renzi boicota reunião de gabinete e desafia premiê da Itália a formar novo governo

14 fev 2020 - 09h53
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O ex-primeiro-ministro italiano Matteo Renzi disse que o governo da Itália pode desmoronar depois que seu pequeno partido boicotou uma reunião de gabinete por causa de uma reforma judiciária questionada, e o premiê insinuou que está disposto a renunciar.

Matteo Renzi durante entrevista coletiva em Roma
13/08/2019 REUTERS/Alberto Lingria
Matteo Renzi durante entrevista coletiva em Roma 13/08/2019 REUTERS/Alberto Lingria
Foto: Reuters

O partido de centro de Renzi, Itália Viva, está na coalizão com o anti-establishment Movimento 5 Estrelas e com o Partido Democrático (PD) de centro-esquerda, mas ele protagonizou várias desavenças na coalizão desde que ela foi formada em setembro.

Embora as pesquisas de opinião só deem cerca de 4% dos votos à sua sigla, o apoio dela é crucial no Parlamento, particularmente no Senado, onde a maioria do governo é muito pequena.

Na quinta-feira, o gabinete aprovou uma reforma da lei de prescrição, que encerra julgamentos se não se chegar a um veredicto dentro de um certo período.

Renzi, que se opõe à reforma, desafiou o premiê, Giuseppe Conte, a montar uma nova coalizão depois que ele clamou por unidade entre os partidos governistas em atrito.

Se Conte "quer montar uma nova coalizão de governo, não nos oporemos", disse Renzi na quinta-feira em uma mensagem de vídeo publicada no Facebook.

"Torceremos por você, mas nunca seremos aqueles que desistem de uma ideia para manter uma cadeira", acrescentou.

O partido de Renzi ameaçou apresentar uma moção de desconfiança contra o ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, um membro proeminente do 5 Estrelas.

"Se isto acontecer, eu agiria de forma consequente", disse Conte, insinuando que poderia renunciar se Renzi apresentar uma moção.

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