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Rei da Jordânia diz que Jerusalém Oriental deve ser capital de Estado palestino

21 jan 2018 - 13h52
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O rei Abdullah da Jordânia expressou preocupação neste domingo sobre uma decisão do governo norte-americano de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, dizendo que Jerusalém Oriental deveria ser a capital de um futuro Estado palestino.

Em declarações durante conversas com o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, em Amã, o rei disse que a única solução para o conflito israelo-palestino era a de dois Estados.

"A decisão dos EUA sobre Jerusalém ... não vem como resultado de uma solução abrangente do conflito palestino-israelense", disse o monarca a Pence no início das conversações no palácio real.

A Jordânia perdeu Jerusalém Oriental e a Cisjordânia para Israel durante a guerra árabe-israelense em 1967.

Pence estava em Amã na segunda parada de uma turnê de três países que termina em Israel.

O apoio à reivindicação de Israel de Jerusalém como sua capital, no mês passado, pelo presidente Donald Trump desencadeou a condenação universal dos líderes árabes e críticas generalizadas em outros lugares.

Também rompeu com décadas da política norte-americana de que o status da cidade deve ser decidido em negociações com os palestinos, que querem Jerusalém Oriental como a capital de seu futuro Estado.

Pence disse ao rei que o governo norte-americano estava empenhado em preservar o status quo dos locais sagrados em Jerusalém. "Não tomamos nenhuma decisão sobre limites e status final, estes estão sujeitos a negociação", disse.

A visita de Pence é a de mais alto nível de uma autoridade dos EUA na região desde que Trump fez sua declaração sobre Jerusalém no mês passado.

As autoridades jordanianas temem que o movimento de Washington em Jerusalém também tenha destruído as chances de uma retomada das negociações de paz entre árabes e israelenses que o monarca procurou retomar.

O rei Abdullah disse que o movimento dos EUA em Jerusalém alimentaria o radicalismo e inflamaria as tensões muçulmanas e cristãs.

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