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Regime líbio aceita negociar reformas sem saída de Kadafi

4 abr 2011 - 20h19
(atualizado em 16/8/2018 às 11h00)
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O regime líbio afirmou nesta segunda-feira que aceita negociar uma ampla reforma política, incluindo eleições ou um referendo, mas com a permanência do coronel Muammar Kadafi.

"A maneira como a Líbia é governada é um tema a parte. Que sistema político vamos aplicar neste país? Isto é negociável, podemos conversar, é possível fazer tudo, eleições, referendo e etc", disse o porta-voz do governo líbio Mussa Ibrahim.

O porta-voz precisou que "o líder (Muammar Kadafi) é a válvula de segurança para o país e para a unidade da população e das tribos. Pensamos que ele é muito importante para qualquer transição a um modelo democrático e transparente".

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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