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Região desafia governo italiano e mantém escolas fechadas

Marcas, no centro do país, registrou um caso de coronavírus

26 fev 2020 - 11h20
(atualizado às 11h36)
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A região de Marcas, no centro da Itália, desafiou o governo nacional e manteve a decisão de fechar escolas e universidades locais até o próximo dia 4 de março por causa da epidemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Entregador usa máscara de proteção em Milão, norte da Itália
Entregador usa máscara de proteção em Milão, norte da Itália
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A medida havia sido anunciada na última terça-feira (25) e também vale para espetáculos públicos, mas foi criticada pelo governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte, que decidiu impugná-la.

"Ontem tivemos uma reunião com ministros e governadores. Ficamos surpresos que, após todos terem concordado com o protocolo sugerido, Marcas tenha realizado um desvio. Isso não é bom, porque se cada um tomar iniciativas por conta própria, criaremos uma confusão geral difícil de gerir", disse Conte nesta quarta (26).

Segundo o primeiro-ministro, fechar escolas cria apenas "efeitos negativos" e "problemas para os pais". Até o momento, Marcas contabiliza somente um dos 374 casos do novo coronavírus na Itália, mas o governador Luca Ceriscioli garantiu que não recuará.

"A impugnação servirá para ver quem está certo, nós ou o governo. Eu não darei nenhum passo atrás", disse Ceriscioli, membro do centro-esquerdista Partido Democrático (PD), legenda que faz parte da base aliada de Conte.

A região é um histórico feudo da esquerda italiana e vai às urnas ainda no primeiro semestre, com possibilidade de uma inédita vitória da extrema direita, que há semanas vem pedindo medidas mais drásticas para conter a epidemia, como o fechamento de fronteiras.

Conte também já se envolveu em polêmica com o governador da Lombardia, Attilio Fontana, da ultranacionalista Liga, após ter criticado o Hospital de Codogno, onde o novo coronavírus começou a se espalhar.

O primeiro-ministro insinuou que a instituição não respeitou os protocolos do Ministério da Saúde - o paciente "número um" da epidemia chegou a ser mandado de volta para casa -, mas Fontana garantiu que as diretrizes foram seguidas.

Ansa - Brasil   
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