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Mundo

Quais são as cidades mais caras do mundo - e o que mudou com a pandemia

Ranking feito pela revista The Economist trouxe diversas alterações, principalmente pelo avanço do coronavírus no mundo; Rio e São Paulo caem de posição.

20 nov 2020 - 10h13
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Cidade do México sofreu queda no ranking deste ano, assim como outras regiões da América Latina
Cidade do México sofreu queda no ranking deste ano, assim como outras regiões da América Latina
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A pandemia de covid-19 trouxe algumas alterações no ranking das cidades mais caras do planeta, segundo levantamento anual do The Economist Intelligence Unit, o braço de análises e pesquisas da revista The Economist.

De acordo com o ranking, que analisa o custo de vida em todo o mundo, as três cidades mais caras atualmente são Zurique (Suíça), Paris (França) e Hong Kong (China).

No ano passado, Cingapura empatou na primeira posição. Em 2020, porém, ela caiu para a quarta colocação.

O levantamento revelou que os preços em Cingapura reduziram em 2020. Estudiosos atribuem isso ao fato de que muitos estrangeiros deixaram a região, em decorrência da crise sanitária do coronavírus.

O relatório da revista The Economist revelou que os preços subiram na maioria das cidades chinesas, em razão das recentes tensões entre os Estados Unidos e a China. A guerra comercial entre os dois países testou a resiliência das cadeias de abastecimento e aumentou os preços aos consumidores.

"As cidades asiáticas têm tradicionalmente dominado as classificações nos últimos anos, mas a pandemia reorganizou as classificações neste ano", disse Upasana Dutt, diretora de custo de vida da publicação.

Bangkok, por exemplo, caiu 20 posições e agora ocupa o 46º lugar entre as cidades mais caras.

Cidades mais caras do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo desceram para a 119ª posição neste ano.

Cidade mais cara do mundo, segundo ranking, é Zurique, a capital financeira da Suíça
Cidade mais cara do mundo, segundo ranking, é Zurique, a capital financeira da Suíça
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Os altos valores na Europa

As cidades da América, África e do Leste Europeu ficaram mais baratas desde o ano passado, enquanto os custos nas cidades da Europa Ocidental encareceram.

O aumento dos preços nesta parte da Europa é justificado porque na região há quatro das dez cidades mais caras do mundo, como a capital financeira da Suíça e a capital da França, que estão no topo da lista.

Conforme o levantamento, a principal causa da variação do custo de vida em muitos países foi o impacto da pandemia sobre o dólar. Segundo Upasana Dutt, o dólar perdeu valor, enquanto moedas do oeste europeu e do norte da Ásia ganharam força. O levantamento aponta que Paris e Zurique se uniram a Hong Kong no topo da lista devido à alta do euro e do franco suíço.

Das cidades europeias, Genebra e Copenhague estão em sétimo e nono lugar, respectivamente.

A maior alta de preços ocorreu na capital do Irã, Teerã, que subiu 27 posições no ranking, em razão das sanções dos Estados Unidos, que afetaram o fornecimento de produtos.

Cingapura retrocedeu em ranking deste ano, em decorrência da pandemia de covid-19
Cingapura retrocedeu em ranking deste ano, em decorrência da pandemia de covid-19
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A situação na América Latina

Duas cidades brasileiras estão entre as que tiveram as maiores quedas de preços neste ano: Rio de Janeiro e São Paulo continuam sendo as mais caras do Brasil. As duas retrocederam 23 posições.

Cidade do México e Lima, no Peru, também caíram no ranking e atualmente estão, respectivamente, nas posições 73 e 77.

O relatório do The Economist usa dados adotados por multinacionais para calcular o custo de viagens de negócios e pacotes a estrangeiros.

O índice de custo de vida mundial feito pelo levantamento comparou os preços de 138 bens e serviços em 133 grandes cidades em setembro.

Lima, no Peru, teve queda entre as cidades mais caras e atualmente está na posição 77
Lima, no Peru, teve queda entre as cidades mais caras e atualmente está na posição 77
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Em geral, os preços continuaram estáveis em comparação ao ano passado, mas o relatório diz que os valores dos bens essenciais têm sido mais lineares do que os não essenciais.

Os desafios logísticos afetaram os preços e até os produtos. Houve, por exemplo, aumento de preços de massas em algumas regiões e escassez de produtos como papel higiênico em alguns lugares.

Em dez categorias avaliadas pelo relatório, tabaco e recreação registraram os maiores aumentos de preços. Já os valores das roupas registraram a queda mais acentuada, pois muitas pessoas deixaram de gastar com vestuário em meio à pandemia.

"Em termos de bens de consumo, houve uma forte alta nos preços dos computadores", disse Dutt. O principal motivo para esse aumento seria o crescimento das vendas de eletrônicos, pois muitas empresas passaram a adotar o trabalho remoto.

As 10 cidades mais caras do mundo

1. Zurique (Suíça)

2. Paris (França)

3. Hong Kong (China)

4. Cingapura

5. Tel-Aviv (Israel)

6. Osaka (Japão)

7. Genebra (Suíça)

8. Nova York (EUA)

9. Copenhague (Dinamarca)

10. Los Angeles (EUA)

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