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Protestos para "sacudir o mundo" terminam com oito mortes relatadas pela imprensa no Mianmar

2 mai 2021 - 13h26
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As forças de segurança de Mianmar abriram fogo em um dos maiores protestos já realizados contra o regime militar até o momento e mataram oito pessoas neste domingo, informou a mídia local, três meses após um golpe ter mergulhado o país em crise.

Os protestos, após um período de diminuição das multidões e do que parecia ser uma etapa de mais contenção por parte das forças de segurança, foram coordenados com manifestações em comunidades de cidadãos miamarenses em todo o mundo para marcar o que os organizadores chamaram de "a revolução global da primavera de Mianmar".

"Vamos sacudir o mundo com a voz da unidade do povo de Mianmar", disseram os organizadores em um comunicado.

Correntes de manifestantes, alguns liderados por monges budistas, percorreram cidades e vilas em todo o país, incluindo a capital financeira, Rangum, e a segunda cidade mais populosa, Mandalay, onde duas pessoas foram baleadas e mortas, informou a agência de notícias Mizzima.

Três pessoas foram mortas na cidade de Wetlet, na região central do país, relatou a agência de notícias Myanmar Now, e duas outras foram mortas em diferentes cidades no estado de Shan, no nordeste, informaram dois meios de comunicação. Uma pessoa também foi morta na cidade de Hpakant, conhecida pela mineração de jade, no norte de Mianmar, informou o Kachin News Group.

A Reuters não conseguiu averiguar as mortes relatadas e um porta-voz da junta militar também não respondeu aos pedidos de solicitação de entrevista.

Os protestos são apenas uma parte dos problemas que os generais trouxeram com o golpe, ocorrido no dia 1º de fevereiro, em que derrubaram o governo eleito liderado pela ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

Conflitos armados entre o governo e insurgentes de minorias étnicas em regiões fronteiriças remotas no norte e no leste se intensificaram significativamente desde o golpe, desalojando dezenas de milhares de civis, de acordo com estimativas das Nações Unidas.

Em alguns lugares, civis com armas rudimentares lutam contra as forças de segurança, enquanto na região central instalações militares e governamentais que eram protegidas ao longo dos anos acabaram atingidas por ataques de foguetes e uma onda de pequenas explosões sem maiores explicações.

Não houve reivindicação de responsabilidade pelas explosões.

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