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Mundo

Protestos em Hong Kong marcam 70 anos da China comunista

Atos tiveram confrontos entre policiais e manifestantes

1 out 2019 - 08h50
(atualizado às 11h10)
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Hong Kong voltou a ser palco de confrontos entre manifestantes pró-democracia e a polícia nesta terça-feira (1º), dia em que se celebra os 70 anos de fundação da República Popular da China. Um manifestante foi baleado no tórax e está internado em estado crítico. Um vídeo do episódio que circula nas redes sociais mostra que o disparo foi feito de uma distância de cerca de um metro. As forças de segurança também usaram gás lacrimogêneo para dispersar o protesto, que havia sido proibido pelas autoridades.

A maior passeata acontece no centro de Hong Kong, com dezenas de milhares de pessoas de todas as idades e vestidas de preto, gritando slogans contra o Partido Comunista da China e a governadora Carrie Lam. A administração de Hong Kong chegou a emitir um "alerta vermelho" e ordenou a evacuação da área do Parlamento.

Pelo menos 51 pessoas entre 15 e 44 anos foram presas, acusadas de crimes como posse ilegal de armas e participação em "reuniões sediciosas".

Presidente

Na China, o presidente Xi Jinping discursou na Praça da Paz Celestial, em Pequim, e prometeu "prosperidade e estabilidade" para Hong Kong e Macau, as duas cidades semiautônomas que foram incorporadas pelo gigante asiático com o princípio de "um país, dois sistemas". "Os esforços para a reunificação completa seguirão adiante", declarou.

Uma reportagem da agência Reuters revelou que a China mais que dobrou o contingente de militares em Hong Kong, de 3 mil a 5 mil antes do início das manifestações para 10 mil a 12 mil agora.

"Nenhuma força pode sequer balançar o Estado da China ou impedir o povo e a nação chineses de seguirem em frente", disse Xi, insinuando mais uma vez que os protestos pró-democracia são resultado de interferências estrangeiras.

Na parada militar em Pequim pelos 70 anos da República Popular da China, o país exibiu seus armamentos mais modernos, incluindo os mísseis intercontinentais DF41, capazes de chegar aos Estados Unidos em menos de uma hora.

A onda de protestos em Hong Kong já dura cerca de cinco meses e teve início por conta de uma lei que autorizava a extradição de suspeitos de crimes para a China continental, mas logo se tornou um movimento por eleições livres e contra o governo de Carrie Lam, que é apoiada por Pequim.

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Ansa - Brasil   
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